Em 2005 pensamos em fazer
uma viagem diferente e meu marido, Fernando ficou atraído pela história da Rota
da Seda.
Nesta primeira postagem estou colocando um pouquinho da história da Rota da Seda para que fique mais fácil a compreensão das próximas postágens!
Nesta primeira postagem estou colocando um pouquinho da história da Rota da Seda para que fique mais fácil a compreensão das próximas postágens!
A Rota da Seda era uma série de caminhos interligados através
da Ásia, usados no comércio da seda entre o Oriente e a Europa.
Eram
transportadas por caravanas principalmente a seda vinda de Xian na China, mas também pedras preciosas, animais,
especiarias, insensos, vidros, cerâmicas, etc.
Há registros de comercio nesta aria deste os faraós egípcios,
que importávam lapis lazuli, malaquita, mirra, cedro do Líbano, etc. há tb
estudos mineralógicos que revelaram fragmentos que pertenciam a uma jarra de vinho exportada do vale do Nilo até Israel!
Tb foram encontradas muitas sobras do que parece ser seda chinesa no Egito, datando de cerca de 1070 a.C.
Muitos dos trechos destas rotas já eram usadas antes
do Sec IV aC para comércio local, mas foi nesta época com a domesticação do
burro e do dromedário que a carga e a distância começaram a aumentar. Depois foi a época
dos camelos e cavalos.
A rota da seda existe essencialmente desde o Séc I aC, seguindo os
esforços da China em consolidar uma rota para o Ocidente e a Índia, tudo
começou porque a China era sempre invadida pelos mongóis montados em seus cavalos, que em
investidas curtas roubavam e destruíam o que havia. Apesar de diversas muralhas, construídas durante várias dinastias ao longo de
aproximadamente dois milênios (começou no ano 221 a.C com término no século XV,
durante a Dinastia Ming) que originou a Grande Muralha da China, a segurança
desta enorme fronteira nesta época era ainda muito falha.
Os chineses por não possuírem cavalos tinham por eles grande
fascínio, achavam esses animais altos e fortes, e eram denominados cavalos celestes, diziam até que eram tão fogosos que suavam sangue!
Então o imperador chinês Wudi, o filho do vento,
como era chamado, resolveu mandar uma expedição para o Oeste tentar
comprar um lote desses cavalos.
Cavalo da última dinastia Han Séc I
Para isso foi um selo de ouro com uma fita de seda, quando foi pago o primeiro lote os vendedores ficaram encantados com a seda e ela passou a ser exigida como moeda de troca no lugar do ouro!
Cavalo da última dinastia Han Séc I
Para isso foi um selo de ouro com uma fita de seda, quando foi pago o primeiro lote os vendedores ficaram encantados com a seda e ela passou a ser exigida como moeda de troca no lugar do ouro!
Mas foi quando os europeus conheceram a seda que o seu
preço ficou astronômico e as caravanas se multiplicaram!
Com isso começaram as construções dos famosos
Caravanzerais, locais para pernoite com segurança, água, pequeno comércio e até uma mesquita, construídos a cada 40kl, distância media percorrida pelas
caravanas a cada dia!
As caravanas conectavam Chang'an (atual Xi'an) na China até Antioquia (Turquia) e o porto de Constantinopla de onde a seda e vários outros produtos iam para a Europa. Este comércio expandiu-se até
a Coreia e o Japão formando a maior
rede comercial do Mundo Antigo.
Estas rotas não só foram significativas para o
desenvolvimento e florescimento de grandes civilizações,
como o Egito Antigo,
a Mesopotâmia,
a China, a Pérsia,
a Índia e até Roma, mas também ajudaram
a fundamentar o início do mundo moderno.
Rota da seda é uma tradução do alemão Seidenstraße, a primeira denominação do caminho feita pelo geógrafo alemão Ferdinand von Richthofen no Séc XIX.
Rota da seda é uma tradução do alemão Seidenstraße, a primeira denominação do caminho feita pelo geógrafo alemão Ferdinand von Richthofen no Séc XIX.
Junto às as caravanas, caminhando ao lado dos camelos
nessas viagens que duravam meses e até mesmo anos, um número enorme de pessoas e animais se movia. Eram comerciantes e mercadores das mais diversas procedências e
nacionalidades, homens de guerra com seus exércitos, sacerdotes, exploradores,
embaixadores e emissários, peregrinos religiosos, artistas. Foram eles que
possibilitaram o intercâmbio não apenas de mercadorias mas também das idéias, das crenças religiosas, dos estilos
artísticos e das escolas de pensamento.
A Rota da Seda funcionou assim como um gigantesco caldeirão cultural no qual se encontravam e se fundiam as mais diversas experiências culturais, chinesas, indianas, iranianas, árabes, turcas, egípcias, gregas e a romana clássica.
A Rota da Seda funcionou assim como um gigantesco caldeirão cultural no qual se encontravam e se fundiam as mais diversas experiências culturais, chinesas, indianas, iranianas, árabes, turcas, egípcias, gregas e a romana clássica.
Os itinerários seguidos pelos viajantes ao longo da
Rota da Seda mudaram com o tempo, segundo sobretudo a situação política dos vários países.
A
rota da seda continental divide-se em rotas do norte e do sul. A rota norte
atravessa o Leste Europeu (os mercadores criaram algumas cidades na Bulgária), a península da Criméia, o mar Negro,
o mar Mármara,
chegando aos Bálcãs e por fim, a Veneza;
a rota sul percorre o Turquemenistão,
a Mesopotâmia e a Anatólia.
Chegando a este ponto, divide-se em rotas que levam à Turquia ou ao Egito e Índia.
Depois
da desintegração da União Soviética
abriu-se um novo capítulo na longa história da Rota da Seda. Com ela, as
antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central situadas na Rota da Seda –
Casaquistão, Usbequistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão –
conquistaram a sua independência e reabriram suas fronteiras, fechadas ao mundo
ocidental durante a dominação soviética. Hoje, é possível visitar livremente
essas nações, todas elas de riquíssimo passado cultural, para conhecer o que
sobrou dos grandes monumentos construídos nos séculos em que a Rota se manteve
ativa. Samarcanda e Bucara, no Usbequistão, por si sós valem a visita. Ambas
possuem um patrimônio arquitetônico islâmico de tirar o fôlego.
Depois de tanta pesquisa resolvemos
investir nesta exótica viagem, porém resolvemos fazer o caminho contrário de
quem estaria indo comprar a seda!
Como já conhecíamos Istambul resolvemos começar pelo Irã!
Nossa Rota da Seda ficou
assim!
Irã – Turquemenistão – Uzbequistão
– Casaquistão - Quirguistão – China
Para ver nossa viagem inteira é só entrar em cada país desse na pagina principal, seguindo a ordem acima!
Para ver nossa viagem inteira é só entrar em cada país desse na pagina principal, seguindo a ordem acima!
No total 38 dias!
O
Centro do Patrimônio Mundial da Unesco trabalha ativamente para inscrever a
Rota da Seda na lista do Patrimônio Mundial dos bens culturais. Em agosto de
2003 e em julho de 2004, a organização enviou expedições de especialistas para
investigar sobretudo a parte da Rota que se encontra em território chinês.
Essas missões da Unesco na China concluíram que uma rota cultural pode ser
definida em termos de espaço, pois a Rota passava por centenas de países com
diversos monumentos; e de tempo (é possível estabelecer o início e o fim da sua
utilização). Completada a investigação do trecho chinês da Rota (cerca de 4.450
quilômetros), a Unesco dará início aos outros paises que formam este
maravilhoso caminho, situados na Ásia Central até o Mediterrâneo.