Do Laos viemos para Siem Reap uma cidade do Camboja que dá acesso a Angkor Wat. A cidade em si não tem grande coisa, o antigo bairro francês é simpático, o Old Market tem coisas bem interessantes e por um preço bom comparativamente com Vietnã e Laos. Lembrando sempre que, em viagem, quando a gente gosta de algo, o melhor é negociar e comprar, porque depois pode não aparecer mais. O nome Siem Reap significa A Derrota do Sião, porque o reino Khmer expulsou no Séc XV a tentativa de invasão do Sião (Tailândia) e ficou com 10.000 prisioneiros.
No séc XIX os franceses redescobriram as ruínas Khmer no meio da mata, dá pra imaginar a emoção desta descoberta?
Os templos estavam no meio da mata e muitos deles com partes desmoronadas por terremotos ou invadidos por plantas, nesta época Siem Reap era só um vilarejo, em 1901 a Escola Francesa do Oriente ficou responsável por limpar e restaurar toda a área de Ankor Wat.
De lá para cá a cidade foi se expandindo culminando com visitantes importantes na década de 60 tais como Charlie Chaplin e Jackie Kennedy. Em 1975 a região foi evacuada pela Khmer Rouge com o famoso ditador sanguinário Pol Pot (1928- 1998). Assistimos alguns documentários dele no hotel e fique horrorizada! Foi um dos maiores genocídio da história, ele matou 25% da população! E sinceramente não me lembro da imprensa ter feito grande alarde... Talvez os EUA não tivessem interesse na área...
Worst Killer of Hamanity, PolPot Cambodia
Depois da morte dele em 1998 a cidade voltou a se beneficiar do turismo com novos hotéis. Nós ficamos no hotel Amansara, toda a cadeia de hotéis Aman é muito boa. Este é bonito e bem localizado.
Os Khmer são um grupo étnico proveniente provavelmente da Índia que se instalou em toda área do rio Mekong pegando toda Indochina e seu império teve seu apogeu do séc IX ao séc XII.
Toda as construções de moradia e comércio eram feitas em madeira e somente os templos eram em pedra, por isso foram conservados até hoje.
O mais poderoso rei da época, Suryavarma, para reafirmar seu reinado considerado tão grande como o Império Romano, resolveu construir o maior templo conhecido, para isso usou de toda a engenharia disponível, numa época em que na Europa, estavam sendo construídas as primeiras catedrais que levavam em média de 200 a 300 anos para serem feitas, este rei conseguiu construir este magnífico templo em 35 anos e ainda por cima numa região pantanosa de constante alagamentos por causa das monções. Para isso eles se valeram de um sistema de fossos onde a água se mantém o ano todo no mesmo nível!
Angkor Wat foi dedicado a Shiva e no séc XIII com a invasão do Sião (atual Tailândia) se transformou em Budismo Theravada e permanece assim até os dias de hoje.
A arqueitetura dos templos é de influência indiana e seu tamanho é impressionante. Considerado o maior templo do mundo, não dá para imaginar como este complexo todo foi construído, dizem os estudos que as pedras internas chamadas de lateritas são originais da região, mas como elas eram porosas sua aparência era feia e não servia para entalhes. Então toda a construção foi revestida de limeston que foram trazidas pelo rio Mekong por balsas de bambu e depois transportadas por elefantes.
Acho que este é um daqueles lugares que para se conhecer, ver a enormidade e a beleza deste complexo, só estando pessoalmente, porque as fotos não conseguem mostra sua grandeza, sendo até hoje a maior construção religiosa feita no mundo!
Por tudo isso é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Num dos dias pedimos uma indicação de restaurante no hotel e nos deram de um francês que fica em frente ao templo principal. Chegamos lá, conhecemos o lugar e foi incrível! O dono era um fotografo francês que veio a trabalho pelo Muséu Guimét ( Museo Nacional de Arte Asiática francês, para quem gosta do tema aconselho dar uma passada quando estiver em Paris!) e, segundo ele, quando colocou as malas com as câmaras fotográficas no chão e olhou para Ankor Wat ficou tão maravilhado que nunca mais saiu dali.
Na época há 20 ano atrás ele, como estrangeiro, não podia permanecer no Camboja, aí ele descobriu que ele poderia trabalhar e morar no mesmo lugar sem nunca vir a ter a cidadania, então ele resolveu fazer um restaurante ali mesmo, na frente do templo. Neste local não pode haver construções somente um lugar para vender lanches rápidos para os turistas, já que o complexo fica a 5kl da cidade e normalmente se passa o dia todo nos passeios. O chão é de terra batida, e a gente senta em baixo de uma lona, na parte de trás tem seu escritório, geladeiras e a parte do fogão a gente não vê, tem uma cortina. Ele e sua esposa, uma dançarina cambojana, moram na parte de trás em cima. Parece bem simples falando assim, e é mesmo, mas a vista com o templo aceso e nenhum turista por perto, já que é o único barzinho aberto a noite, é indescritível. Agora a comida, que ele mesmo foi preparar, a esposa não estava e eles não tem ajudantes, foi divina!
Tudo receita de mamãe ou vovó, pegas na época em que descobriu que para ficar ali só tendo um barzinho!
E que foie gras! E que confit de canard divino! Gente e isso tudo no meio do nada!
Mas dá para entender porque ele se apaixonou pelo lugar, né?
Quanto aos templos, foram encontradas mais de 1000 ruínas nesta área, claro que o Angkor Wat é o carro chefe do complexo, mas outros templos são maravilhosos tb!
Como ficamos 6 dias aqui fomos visitar os mais importantes e começamos pelos mais simples, com menos entalhes e os menores para que, a cada dia, fossemos ficando mais impressionados!
Saímos do hotel cedinho e adivinhem, de rickshaw, uma agradável surpresa!
O hotel fica a uns 20min. do complexo e com a bruma tudo era mágico!
O complexo tem 4 portões, entramos pelo menos imponente segundo nosso guia, o portão sul, com seu pórtico de 5 faces, para nós esse já era maravilhoso!
Ficamos imaginando como seria o mais bonito...
Esses portões são ladeados por 2 serpentes que saem do portão e ladeiam as 2 laterais da estrada. De um lado os deuses seguram o corpo da serpente de várias cabeças, e do outro lado os demônios!
Depois de passar pelo portão chegamos no Ta Keo Temple, ficamos impressionados pelo tamanho...
Subimos as infinitas escadas, e a fomos presenteados por uma vista maravilhosa!
Depois fomos ao Mealea Temple que foi constuído no Séc VII e sua área foi limpa de minas terrestres somente em 2003, portanto ainda não foi restaurado e encontra-se no seu estado original na selva. Nele tb podemos ver a pura arquitetura Khmer!
Desde essa época já haviam os maravilhosos entalhes nas pedras!
Mesmo os menores templos como o Thommanon são de uma beleza incrível! Restaurado na década de 60 mantém toda sua estrutura original, a única coisa feita é o recolocamento das pedras caídas exatamente onde estavam, e isso é um trabalho de anos de pesquisa!
Este templo foi construído no Séc XI e tem lidos entalhes!
Depois destes templos nem sei o que esperar para amanhã, com certeza mais surpresas!!!
De lá para cá a cidade foi se expandindo culminando com visitantes importantes na década de 60 tais como Charlie Chaplin e Jackie Kennedy. Em 1975 a região foi evacuada pela Khmer Rouge com o famoso ditador sanguinário Pol Pot (1928- 1998). Assistimos alguns documentários dele no hotel e fique horrorizada! Foi um dos maiores genocídio da história, ele matou 25% da população! E sinceramente não me lembro da imprensa ter feito grande alarde... Talvez os EUA não tivessem interesse na área...
Worst Killer of Hamanity, PolPot Cambodia
Depois da morte dele em 1998 a cidade voltou a se beneficiar do turismo com novos hotéis. Nós ficamos no hotel Amansara, toda a cadeia de hotéis Aman é muito boa. Este é bonito e bem localizado.
Os Khmer são um grupo étnico proveniente provavelmente da Índia que se instalou em toda área do rio Mekong pegando toda Indochina e seu império teve seu apogeu do séc IX ao séc XII.
Toda as construções de moradia e comércio eram feitas em madeira e somente os templos eram em pedra, por isso foram conservados até hoje.
O mais poderoso rei da época, Suryavarma, para reafirmar seu reinado considerado tão grande como o Império Romano, resolveu construir o maior templo conhecido, para isso usou de toda a engenharia disponível, numa época em que na Europa, estavam sendo construídas as primeiras catedrais que levavam em média de 200 a 300 anos para serem feitas, este rei conseguiu construir este magnífico templo em 35 anos e ainda por cima numa região pantanosa de constante alagamentos por causa das monções. Para isso eles se valeram de um sistema de fossos onde a água se mantém o ano todo no mesmo nível!
Angkor Wat foi dedicado a Shiva e no séc XIII com a invasão do Sião (atual Tailândia) se transformou em Budismo Theravada e permanece assim até os dias de hoje.
A arqueitetura dos templos é de influência indiana e seu tamanho é impressionante. Considerado o maior templo do mundo, não dá para imaginar como este complexo todo foi construído, dizem os estudos que as pedras internas chamadas de lateritas são originais da região, mas como elas eram porosas sua aparência era feia e não servia para entalhes. Então toda a construção foi revestida de limeston que foram trazidas pelo rio Mekong por balsas de bambu e depois transportadas por elefantes.
Acho que este é um daqueles lugares que para se conhecer, ver a enormidade e a beleza deste complexo, só estando pessoalmente, porque as fotos não conseguem mostra sua grandeza, sendo até hoje a maior construção religiosa feita no mundo!
Por tudo isso é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Num dos dias pedimos uma indicação de restaurante no hotel e nos deram de um francês que fica em frente ao templo principal. Chegamos lá, conhecemos o lugar e foi incrível! O dono era um fotografo francês que veio a trabalho pelo Muséu Guimét ( Museo Nacional de Arte Asiática francês, para quem gosta do tema aconselho dar uma passada quando estiver em Paris!) e, segundo ele, quando colocou as malas com as câmaras fotográficas no chão e olhou para Ankor Wat ficou tão maravilhado que nunca mais saiu dali.
Na época há 20 ano atrás ele, como estrangeiro, não podia permanecer no Camboja, aí ele descobriu que ele poderia trabalhar e morar no mesmo lugar sem nunca vir a ter a cidadania, então ele resolveu fazer um restaurante ali mesmo, na frente do templo. Neste local não pode haver construções somente um lugar para vender lanches rápidos para os turistas, já que o complexo fica a 5kl da cidade e normalmente se passa o dia todo nos passeios. O chão é de terra batida, e a gente senta em baixo de uma lona, na parte de trás tem seu escritório, geladeiras e a parte do fogão a gente não vê, tem uma cortina. Ele e sua esposa, uma dançarina cambojana, moram na parte de trás em cima. Parece bem simples falando assim, e é mesmo, mas a vista com o templo aceso e nenhum turista por perto, já que é o único barzinho aberto a noite, é indescritível. Agora a comida, que ele mesmo foi preparar, a esposa não estava e eles não tem ajudantes, foi divina!
Tudo receita de mamãe ou vovó, pegas na época em que descobriu que para ficar ali só tendo um barzinho!
E que foie gras! E que confit de canard divino! Gente e isso tudo no meio do nada!
Mas dá para entender porque ele se apaixonou pelo lugar, né?
Quanto aos templos, foram encontradas mais de 1000 ruínas nesta área, claro que o Angkor Wat é o carro chefe do complexo, mas outros templos são maravilhosos tb!
Como ficamos 6 dias aqui fomos visitar os mais importantes e começamos pelos mais simples, com menos entalhes e os menores para que, a cada dia, fossemos ficando mais impressionados!
Saímos do hotel cedinho e adivinhem, de rickshaw, uma agradável surpresa!
O hotel fica a uns 20min. do complexo e com a bruma tudo era mágico!
O complexo tem 4 portões, entramos pelo menos imponente segundo nosso guia, o portão sul, com seu pórtico de 5 faces, para nós esse já era maravilhoso!
Ficamos imaginando como seria o mais bonito...
Esses portões são ladeados por 2 serpentes que saem do portão e ladeiam as 2 laterais da estrada. De um lado os deuses seguram o corpo da serpente de várias cabeças, e do outro lado os demônios!
Depois de passar pelo portão chegamos no Ta Keo Temple, ficamos impressionados pelo tamanho...
Subimos as infinitas escadas, e a fomos presenteados por uma vista maravilhosa!
Depois fomos ao Mealea Temple que foi constuído no Séc VII e sua área foi limpa de minas terrestres somente em 2003, portanto ainda não foi restaurado e encontra-se no seu estado original na selva. Nele tb podemos ver a pura arquitetura Khmer!
Desde essa época já haviam os maravilhosos entalhes nas pedras!
Mesmo os menores templos como o Thommanon são de uma beleza incrível! Restaurado na década de 60 mantém toda sua estrutura original, a única coisa feita é o recolocamento das pedras caídas exatamente onde estavam, e isso é um trabalho de anos de pesquisa!
Este templo foi construído no Séc XI e tem lidos entalhes!
Depois destes templos nem sei o que esperar para amanhã, com certeza mais surpresas!!!