terça-feira, 4 de novembro de 2008

Buddhist Golden Temple ou Templo Dourado - Patan, Kathmandu



O Golden Temple (Hiranya Varna Mahavihara) foi construído no sec XII pelo rei Vaskar Deva Varma e hoje é patrimônio da humanidade da UNESCO.




Esse templo fica no meio das construções e seu magnifico trabalho só pode ser visto depois de se passar pelos portões entalhados em pedra, antes disso nem se imagina que algo assim possa estar escondido ali.




Além da sua arquitetura maravilhosa composta de três telhados e uma linda fachada em ouro, este templo é um santuário budista com imagens veneradas de Buda, tornando-se rota de peregrinos de toda a região.



Suas 4 portas ficam sempre abertas representando a aceitação de todas as religiões como no poema do Guru Jaap Sahib’s que diz: "O todo poderoso não tem país, tradição, marca, forma nem favorece ninguém em particular. O todo poderoso está presente em todos os lugares, em todos os lados e cantos, este amor universal existe em todos os lugares".




Este templo sagrado é considerado atemporal e remete a imortalidade daquele que acredita e reverencia.




Fundado pelo Guru Arian Dev tornou-se sagrado para os Sikhs. Nele está o livro sagrado com os 7.000 hinos. O interessante é que estes hinos foram escritos por Gurus e Santos de diferentes religiões e classes sociais e foram reverenciados pelas suas palavras sagradas.



Saímos a pé do templo, andar por Kathmandu é uma experiência incrível, em todos os cantos tem construções antigas...



Nesta rua tem algumas lojas que vendem os famosas Tankas Budistas Tibetanos, entramos numa onde os monges estavam desenhando e ficamos fascinados!

Os Tankas são representações de histórias ou imagens de Buda e tb tem as Tankas Mandalas.



Soubemos então que os tankas tibetanos são "uma recriação ao mundo místico e simbólico através do qual o Lamaísmo encontra sua expressão."
Cada pintura dessas é, portanto, uma evocação cujo significado torna-se claro aos que fecham os olhos às coisas da terra e conseguem captar a mensagem esotérica que emana constantemente deste mundo misterioso, povoado de divindades.

A preparação de um tanka é um ato litúrgico. O algodão ou a seda que será utilizada mais tarde para tecer a tela só deverá ser colhido por um iniciado nos segredos do Lamaísmo.
A seguir, os fios são purificados pela repetição de certos mantras ou palavras de poder, sendo depois abençoados por um lama, de acordo com um rito especial e na presença de uma sacerdotisa virgem, a quem competirá a tarefa de fiação. Após a fiação, o fio resultante é entregue a um tecelão experiente, que tem de possuir vários atributos: mocidade, saúde, isenção de defeitos físicos e morais, além da presença dos sinais de bom augúrio. Antes da tarefa, o tecelão terá que se purificar e criar o campo magnético onde o artista pintor irá desempenhar a missão suprema de criar uma obra de arte. Há regras especiais para se pintar um tanka. Geralmente, as personagens são dispostas em círculo mágico ou Mandala, em cujo centro fica o motivo principal. Alguns tankas têm um pedaço de tecido diferente na parte inferior, chamado a porta do tanka, que indica o ponto onde o crente deverá fixar os olhos durante a meditação para que possa entrar no interior da pintura. À medida que a meditação se aprofunda, há uma gradual revelação de significações das figuras representadas, até que se dá a união de quem medita com a divindade representada.

Terminada a pintura do tanka, um grande lama infunde vida à pintura através de um rito mágico chamado Pratistha. O ato da consagração é, portanto um ato de vivificação do objeto com a essência divina. O ritual é altamente secreto e os tibetanos o receberam de seus mestres indianos.
Quanto menor o desenho mais difícil é sua execução e portanto mais cara a peça. Tem pinturas tão pequenas que eles pintam com pincéis com apenas 1 fio!

Bom o trabalho é lindo e depois de escolher horas resolvemos comprar esta!



Voltamos para o hotel, e como sempre, muitas fotos pelo caminho...
Amanhã visitaremos Hanuman Dhoka Square!

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