segunda-feira, 19 de outubro de 2015

China 2015 - Doha - Catar




Aqui vou colocar a nossa última parada da viagem de 2015 que foi Doha, o roteiro da viagem toda esta no marcador China 2015 - Roteiro e compreende Hong Kong, China, Tailândia, Nepal, Tibet e Doha.



Por causa do grande terremoto no Nepal precisamos mudar o vôo que teria conexão em Kathmandu, onde pegaríamos uma mala deixada no hotel, porque o aeroporto de lá estava com vôos somente de resgate e socorro. Então viemos de Lhasa no Tibet para cá  via Chengdu, o vôo foi longo de Lhasa pra Chengdu, ficamos horas no  aeroporto esperando o vôo pra Doha, outro vôo longo, portanto chegamos na manhã do dia 30 de abril mortos e fomos direto pro nosso hotel o Ritz Carlton Doha.



Nós tínhamos pedido pra agência de São Paulo um hotel perto do Shopping pois precisaríamos comprar as lembranças pros filhos e netos, esse hotel indicado fica perto do Pearl com o Shopping Porta Arabia, mas esse shopping tem poucas lojas, as lojas com brinquedos e roupas de infantis ficam todas no Villagio situado a uns 45m da parte mais central de Doha. Claro que só descobrimos isso aqui... Enfim, achei o hotel sugerido longe do centro (da pra ver pelas fotos do quarto)  e do Shopping mais completo, por isso pesquisem bem o local pra ficar pois tudo é longe aqui!


Como era pra termos chegado um dia antes via Kathmandu chegando no hotel tomamos um banho, um café incrementado pelo barista do hotel e saímos no tour das 9 da manhã.


Até aí tudo bem, meio cansados mas com pique, agora o calor de 38°, juro foi um sacrifício nos passeios a céu aberto!




Parecia que estávamos dentro de um forno!

Bird Towers - Katara Cultural Village

Agora vou contar um pouco da história porque é assim que nos apaixonamos pelos lugares!
Doha é a capital do Catar um emirado do Oriente Médio, localizada as margens do Golfo Pérsico na costa leste e se tornou, nos últimos anos, o principal centro econômico, cultural e financeiro do país!

Doha nome que significa "a grande árvore" devido a uma grande árvore situada no centro da antiga vila de pescadores que em 1825 foi fundada como cidade com o nome de Al Bida  durante a guerra entre o Catar e Bahrain.

Em 1882 o Sheik Qassim liderou um exercito contra os otomanos e foi vitorioso, em 1916 foi protetorado britânico e somente em 1971 se tornou independente.
No inicio do Séc XX a economia era toda de extração de pérolas, eles tinham na época 350 barcos. Depois com a introdução das pérolas cultivadas pelo Japão em 1930 o Catar passou por uma grande depressão e mergulhou na pobreza. Nesta mesma época o petróleo foi descoberto mas com o advento da grande guerra, tudo ficou parado e sua extração bem como a de gás natural começou mesmo depois da guerra onde ela já era um protetorado.



Hoje Doha é a cidade mais populosa do emirado tendo 40% da população do país com 1.500.00. É tipo uma Dubai em menor escala, atualmente está focada em desenvolvimento e educação e será sede da Copa do Mundo FIFA em 2022.



Primeiro fomos visitar a maquete do Pearl, aquela mesma coisa que fizemos há anos quando fomos a primeira vez pra Dubai, tudo sendo feito pra ser vendido aos ricos de outros países segundo nosso guia. Desde Dubai que eu não sei bem quem são esses ricos, mas novamente aqui uma nova cidade inteira está sendo construída apostando nesses investidores.
Depois passamos para ver o Centro Cultural Katara. Começamos pela mesquita que só pode ser vista por fora,



Katara é um centro construído pra ser o centro de arte da cidade com muitas galerias, restaurantes e um enorme anfiteatro. Nessa hora e com esse sol, estava tudo vazio e fechado, mas deu pra conhecermos... Aconselho a visita a noite quando está tudo aberto galerias, bares e restaurantes funcionando!


O sol era tão forte que qualquer lugar coberto era uma benção!


Olhem só essa escultura  que fica na frente do anfiteatro! Linda né?



Depois saímos e no carro, andando por uns 45m, perguntei ao nosso guia onde estávamos indo e aí descobri que era pra conhecer o Jockey de lá... Um mico total e ainda longe pra burro! Um calor dos infernos, muito longe pra ficar vendo baias de cavalos...

Falamos que não tínhamos muito interesse nesse tipo de coisa e voltamos, de agora em diante estamos indo somente onde nos explicam bem antes pra ver se nos interessa e quando nos interessa nos falam quanto tempo demora pra chegar.



No caminho de volta explicamos que precisaríamos de mais uma mala, pois 2 das nossas tinham ficado em Katmandu presas por causa do terremoto;  nosso guia nos levou no Shopping Villagio, ele nos levou direto ao Carrefour que fica lá dentro. Bom as malas lá eram ruins então ele nos levou ao shopping Port Arabia, ele foi perguntando aos vendedores das lojas e acabaram nos indicando a loja Mussafar perto dali, era uma loja de rua que tinha todas as marcas de malas conhecidas e resolvemos nosso problema.



Fomos visitar o Museu de Arte Islâmica MIA considerado a jóia da coroa ou a jóia de Doha do xeique Hamad bon Khalifa al-Thani o emir do Qatar.

Por coincidência foi feito pelo mesmo arquiteto do Suzhou Museum que estivemos em Suzhou na China há 17 dias atrás nesta mesma viagem! O famoso I M Pei que projetou a pirâmide de vidro do Louvre.



O museu tem uma construção no estilo islâmico mas moderno com linhas retas que nos lembra arte cubista que impressiona, fica em uma área de  35.000 metros quadrados numa ilha construída especialmente pra ele, e custou 233 milhões de euros!



Nele podemos ver 800 peças de 13 séculos da cultura islâmica, considerado o melhor museu de arte islâmica do mundo segundo Oliver Watson, ex-curador do Britânico Victoria & Albert Museum em Londres e atual responsável pelo MIA.


Esse museu vale muito a pena conhecer! No fim da tarde fica com esse tom lindo da foto acima!
A vista do museu de longe é algo a parte!


Do museu também se tem uma vista bonita da cidade e do Centro Cultural Islâmico Fanar.




Infelizmente nosso guia não nos levou ao Centro Islâmico pra conhecermos por dentro, só descobrimos que era interessante entrar depois.... Pena...
Com uma viagem grande como esta percebi só depois que eu não tinha pesquisado muito antes sobre Doha como devia...
Daqui fomos para o Souk ou Souq Waqif!


Paramos perto e fomos a pé para parte onde os carros não entram.


Os produtos a venda são típicos mas nada antigo....



Estava bem vazio, novamente o horário errado pra visitar... Olha só as fotos a noite!


O pior é que com nosso cansaço nem percebemos o erro! Fomos perceber na volta no Brasil... Bom fica pra próxima!

Em seguida fomos andando ao Falcon Souq, pra mim uma das coisas mais interessantes do local!



Mais um pouquinho do Souq pra vcs depois da visita aos falcões!


Terminamos nosso tour a tardinha...



Voltamos para o hotel com um trânsito imenso e um pôr do sol lindo nos edificios modernos do centro! Foto de dentro do carro, mas dá pra ter uma ideia né?



Jantamos no romântico restaurante italiano Porcini do nosso hotel com direito a músicas italianas lindas! Pensei que não temos mais um lugar assim em São Paulo, pena!



No dia seguinte fomos ao The Pearl o shopping center que fica na Ilha artificial que tem quase quatro milhões de metros quadrados!


Aproveitamos pra andar um pouco e também pra ver as lojas.


Estávamos procurando os presentes pros filhos e netos, mas nesse shopping não tem nada pra crianças, então resolvemos almoçar aqui e depois resolveremos onde ir! Almoçamos no restaurante japonês Megu, simplesmente maravilhoso!


Depois nos informamos que as lojas legais infantis estão todas no Villagio Mall. Já tínhamos ido lá mas eu não tinha visto nenhuma loja chic. Mal sabia eu que ele é enorme e tínhamos ido com o guia numa ala mais simples!


Bom pra vcs imaginarem o local é tão grande que precisei perguntar onde ficavam as lojas de roupas de crianças porque eu não achava... Mas tem todas as marcas que vcs podem imaginar! Até a Dior infantil tem! O melhor é entrar pela porta certa pra lojas de grife! Claro que não fizemos isso e andamos horrores! KKKK


Esse shopping fica bem longe do nosso hotel e como eu já disse a hora do rush aqui é uma loucura, portanto voltamos só a tardinha pro hotel e repetimos o delicioso restaurante italiano Porcini!

Pena que não tivemos pique pra ir pro centro a noite... Com certeza vai ficar pra uma próxima vez!






sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Tibet - Lhassa






Depois da volta cansativa de Shigatse ontem dormimos até mais tarde, almoçamos no hotel e saímos para o passeio num dos três maiores monastérios de Lhassa, O Drepung Monastery. Os outros dois são o Monastério Ganden que era pra termos feito hoje de manhã e portanto não conheceremos e o Monastério Sera que já fizemos.


Fomos subindo ouvindo a história secular deste impressionante monastério que vou contar aqui.



Primeiro paramos na cozinha do monastério. Apesar da alimentação não ter uma variedade grande de pratos o tamanho das panelas que praticamente fazem parte da construção do forno são enormes, são encaixadas dentro deles, da pra imaginar a quantidade de monges que viviam aqui antigamente.


E a subida continua! Regada a muita água sempre pelo nosso guia, porque a altitude pode ser um problema quando a hidratação não é boa.



O Drepung é o maior monastério de todo o Tibet, está localizado aos pés do Monte Gephel e já foi considerado o maior monastério do mundo pois abrigava mais de 10.000 monges na época.


Foi fundado em 1416  por um discípulo Tsongkhapa e se tornou a sede da escola de budismo tibetano Gelugpa, foi a residência do Dalai Lama até a construção do Potala pelo quinto Dalai Lama.


É considerado até hoje o bastião acadêmico mais importante considerado a Nalanda do Tibet.


A área do monastério é grande e fomos subindo  até a parte mais alta! Depois fomo ao Garden Phodrang a residência dos primeiros Dalai Lamas.


Aqui pudemos entrar e visitar alguns cômodos!



É incrível como a parte interna sempre é muito colorida e cheia de detalhes e pinturas, um contraste com a brancura da neve externa do longo inverno.

 Aqui podemos ver os sutras todos guardados a direita ao alto. 

O templo em si impressiona, tem um imponente altar!



É um templo grande e todo adornado com seda. Muito lindo.


Cada detalhe é impressionante! A direita o chapéu e o manto de cada monge já no local onde sentam.


Quando saímos passamos no Nechung Monastério outro famoso local de peregrinação que fica pertinho, só 15m daqui.


Este templo é dedicado a deidade Pehar protetor do Secto do Chapéu Amarelo o Gelug ou Gelugpa.



Pra mim esta é uma das portas mais bonitas do Tibet!


Aqui também é o local de residência do  Oráculo Tibetano, portanto tem uma importância especial! Agora o atual oráculo está junto com o  Dalai Lama em Dharamsala na India.


Foram dois templos lindos!
Chegando no hotel aproveitamos pra arrumar as malas, ver mais alguns detalhes do vôo do dia seguinte que já tínhamos mudado três vezes, o horário de saída e descansar.

No dia seguinte saímos de manhã para visita a 2 templos pequenos do centro antigo de Lhasa, antes passamos para arrumar um colar que tínhamos comprado e que na hora de encher novamente porque tinhamos mudado algumas pedras a senhora tinha esquecido de colocar uma das pecinhas de bronze, ela arrumou e aproveitamos pra comprar mais um  que eu tinha gostado e saímos andado para a visita aos templos!
Andar por Lhasa na parte antiga da cidade é incrível porque as pessoas fazem a peregrinação diária e com isso podemos ver todos os tipos de pessoas e vestimentas mesmo de lugares longínquos do Tibet.


O  primeiro foi um templo pequeno mas bem charmosos com uma grande roda de oração dentro. Os peregrinos entram colocam o Ghee, a manteiga clarificada deles, que levam nas garrafas térmicas e derramam nos grandes bowls de lamparinas e rezam. Com certeza um templo nada turístico!




O segundo templo que visitamos foi incrível! Estava cheio de gente rezando pelo terremoto do Nepal. O templo em si não tem nada demais, por isso não é famoso nem turístico, mas as pessoas todas aqui tornaram o local vívido e emocionante!


A entrada já foi difícil porque estava lotado de gente comprando o Ghee, mas depois foi inacreditável!


Não imaginávamos a quantidade de gente que encontraríamos...


Cada salinha, corredor, tudo lotado!


E quando a gente achou que tinha acabado nosso guia nos levou por uma escadinha ao telhado!


Eu que imaginava já ter visto tudo fiquei maravilhada mais uma vez!


Uma experiência única….



De lá saímos maravilhados com a demonstração de solidariedade dos tibetanos com o terremoto há 3 dias do Nepal!


Passear pelas ruas de Lhassa é sempre uma imersão na cultura tibetana. Dizem que antes da invasão chinesa era muito mais autêntico e tudo mais, mas pra mim que só conheci agora achei impressionante a experiência.


Vale muito a pena vir e vir logo porque os jovens com a educação de escolas chinesas, as únicas permitidas hoje em dia, provavelmente não vão continuar com as antigas tradições por muito tempo.


No fim fomos tomar um café que a agencia tinha nos convidado várias vezes, mas que nunca tínhamos arrumado um tempo pra ir…
Foi na cafeteria The Tibet Summit Café o reduto dos turistas ocidentais no centro, bem gostoso!


Voltamos pro hotel pegamos nossas coisa e saímos para o aeroporto.



No caminho nos despedimos do guia e ele nos deu um conselho: nada de compras nas lojinhas do aeroporto, tudo é chinês e falsificado!

Bom assim que passamos a policia federal vimos uma loja com coisas muito legais e antigas… Essa loja com certeza tinha coisas feitas agora e outras autenticas e muito interessantes! A única delas.... Entramos e começamos a negociar algumas coisas… O Fernando como bom negociador, mas cansado de longas negociações logo foi falando que tínhamos vôo e que não pedimos demorar, mas conversa vai conversa vem, fomos nos interessando por outras coisas…. Mais negociação e na última oferta ele falou: É minha última oferta pois meu vôo está saindo! O vendedor que era muito simpático falou deixa eu ver seu cartão de embarque, bom quando viu deu um grito e saiu correndo, nosso vôo já estava inteiro embarcado e só faltava a gente!
Ele falou com as meninas que saíram pra segurar o vôo e ele saiu correndo pra passar o cartão na outra loja! Uma correria sem fim e ainda por cima a gerente da loja correndo atrás da gente com o par de Foo Dog (cães sagrados com aparência de leão encontrados em todos os templos budistas da Ásia) falando que fazia o preço que o Fernando queria!
Kkkkkk quase perdemos o vôo!



Só faltava depois de todo o trabalho pra mudar cada trecho!!!
Mas valeu a pena e  no fim foi divertido!
Trouxemos coisas lindas, o par de Cão de Fó de bronze com inclusões de Jade,  um  tipo de triturador de ervas que funciona com a roda usado em farmácias e um quadro da Tara Verde (acima) com turquesas e corais!


Finalmente depois de 41 dias de viagem o começo do caminho de volta pra casa!
Ainda falta Doha mas isso eu conto depois!


O Tibet com certeza ficou gravado em nossos corações! Quero voltar um dia com tranquilidade e ficar só em Lhasa andando pelas ruas sem guias ou compromissos de horários.