quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tibet - Shingatse


Tashilhunpo Monastery - Shingatse

Quando chegamos no Tibet e estávamos indo do aeroporto até o centro de Lhasa passamos por uma estada de ferro e nosso guia nos falou que dava pra ir pra Shingatse, a segunda maior cidade do Tibet, de trem e que eram só 3 horas…



Perguntamos se valia a pena ele disse que sim que eram só 3 horas de trem e que tinha um templo lindo pra visitarmos.
Pesquisei e vi um templo lindo no nosso guia, mostrei pra ele e perguntei se era lá em Shingatse, ele confirmou...

Bom ficamos interessados e acabamos fechando uma das 3 alternativas que a agência local tinha nos dado que era a mais curta, pra saírmos cedo de trem visitarmos tudo e voltarmos logo depois do almoço de carro o que levaria umas 4:30h horas, mas que segundo eles valia muito a pena pois viríamos vários vilarejos com culturas diferentes de Lhassa, o monastério Gyantse, um lago alpino e passaríamos por montanhas nevadas lindas durante a volta. Claro que a primeira alternativa foi descartada imediatamente pois seria pra voltar de trem sem ver o Monastério....

Aí mudamos nossos passeios pra outros dias e resolvemos partir para essa aventura!

Bom saímos as 7:30 pra pegar o trem ás 8:30, tudo correu muito bem a viagem é interessante  com uma vista muito bonita das montanhas e do rio Ganges que  nasce aqui e vai pra Índia.
Chegando as 11:30 estava bastante frio, tinha nevado a noite e pegamos todos os telhados desgelando, o que foi meio complicado pois acabava molhando bastante a rua e a gente...



Nosso primeiro passeio foi pelo mercado que estava bem vazio, muitas barracas fechadas, talvez por ser domingo, e com muitas goteiras do degelo nos panos que cobriam as barracas… Mesmo assim as poucas abertas eram bem interessantes


Depois fomos subindo andando pelas ruas antigas de trás do mercado para tirarmos algumas fotos, ver as casas, um pouquinho do cotidiano das pessoas e chegamos até em cima tendo a vista inclusive da parte lateral do mosteiro logo acima.



Começamos a ficar preocupados com o horário e foi aí que soubemos pelo guia que neste dia o monastério só abriria ás 15:00h para visita. Ficamos preocupados com a volta, mas não tinha o que fazer...
Então fomos pra rua principal de comercio fazer uma hora antes do almoço, nada muito diferente de Lhasa mas bem menor claro. São uns 5 quarteirões com lojas e restaurantes.




Passeamos, vimos as pessoas, entramos em lojas, foi gostoso.


Almoçamos no restaurante Songisen nesta mesma rua mas, apesar de ter muitos elogios de turistas nos painéis de pano da parede, deixou muito a desejar, porque até agora em Lhasa comemos muuuuito bem!


Fizemos mais uma horinha e fomos para o monastério pra fazer a fizemos a visita.



O Tashilhunpo Monastery é bonito, é o sexto maior Monastério Gelugpa (ou Secto do chapéu amarelo) do Tibet, também chamado de Heap of Glory (monte de glória), fica localizado aos pés do Drolmari ou Tara’s Mountain e tem uma área de 300.000 metros quadrados!


Esse monastério foi fundado pelo Primeiro Dalai Lama em 1447 e foi sendo expandido ao longo dos anos pelo quarto e sucessivos Panchen Lamas.


Antes da Revolução Cultural chinesa o monastério tinha 4.000 monges residentes, hoje são 800 monges.

As principais construções aqui são a Maitreya Temple o maior deles, onde se encontra o gigante Buda Maitreya com 26.2 metros de altura feito com 150.000k de cobre e 279k de ouro.



O Gudong ou Pachen Lama Palace onde se encontra a tumba do quarto Pachen Lama que tem 11m de altura e 85k de ouro e pedras semi-preciosas.



Dentro encontramos algumas stupas tumbas, a mais impressionate é a do décimo Panchen Lama, com seus 614kl de ouro e 868 pedras preciosas. Essa stupa tumba foi construída em 1993!




Há tb a stupa tumba do quarto Panchen Lama construída em 1662 com ouro e prata, que além de  ser famoso na história do Tibet, foi professor do quinto Dalai Lama.



Andamos por todo o complexo entrando nos locais permitidos.


 Como vcs podem ver os locais mais interessantes estavam cheios...


As pinturas recém restauradas ou sendo restauradas na nossa frente!



Com certeza um monastério bonito, porém no mesmo estilo dos de Lhassa.


Acabamos a visita às 4:15 e fomos achar algum banheiro pois o feminino do Monastério estava fechado…
Pegamos a estada ás 4:30, tinham nos falado que daria para conhecer Gyantse onde tem um monastério interessante, mas na verdade só paramos um minuto pra tirar foto…



Continuamos na estrada que corta vários vilarejos, mas todos com casinhas iguais a beira da estrada com plantações atrás… Um longo caminho sempre igual…


Uma vez vimos um outro templo ao longe...


E outra hora dei um grito e paramos pra tirar essa foto abaixo!



Depois de umas quatro horas perguntamos ao guia quanto faltava, aí a surpresa mais umas 3 a 4 horas! Como assim perguntamos, pois tinha sido nos falado 5 horas…
Aí veio uma embromação que dependia dos carimbos que tinham que ser pegos durante o trajeto, parando o carro no meio da estrada e pegando o tal carimbo com um guarda no meio fio a cada 30m... Alegamos que nunca pegamos um carro na nossa frente e que no máximo demorava 5 muitos pra cada um dos carimbos…
Depois de umas 6 horas começamos a subir para atravessar as montanhas.....
Paramos mais uma vez pra tirar foto da barragem feita pelos chineses há 2 anos…

Andando sem parar por uma paisagem bem árida, até achamos um povoadinho....


Tivemos que passar por 2 trechos com altura de mais de 5.000m! Num deles tinha esse templinho.


Ele de um lado da pista e mais bandeirinhas do outro...


Enfim, chegamos no lago alpino praticamente a noite e deste ponto foram mais 3 horas de curvas numa estrada com buracos, não dava nem pra cochilar com os solavancos! Finalmente depois de 6:30 de viagem começamos a descer e passamos por uma pequena cidade. Pedimos por banheiro e a resposta foi, por aqui não tem! Bom precisou o Fernando mandar ele parar num pequeno bar e pedir para que usássemos o banheiro! Ele ainda ficou meio constrangido em pedir.... Como um turista pode ficar 7:30hs sem banheiro? Gente.... O fim....

Daqui ainda faltava uma hora e pouco até Lhasa! Eu não tinha mais posição no carro e minhas costas com todos os trancos dos buracos estavam muito dolorida, fiz essa última hora sentada pra frente no banco... Foi difícil....
Chegamos muuuuito cansados e muito bravos, pois se nos tivessem avisado que seriam 7:30h pra voltar de carro como na proposta 3 nunca teríamos feito esse passeio. Cancelamos a saída da parte da manhã do dia seguinte que era do Monastério Ganden, que segundo nosso guia levaria 2hs pra chegar e explicamos que iriamos dormir até mais tarde pra descansar.

Já eram a meia noite e estávamos sem janta no hotel, até agora não tínhamos comido nada além do almoço bem fraco, caímos na cama mortos…
Aliás, na minha opinião, acho que visitando Lhasa vc tem tudo que vai encontrar em outras cidades do Tibet! Não precisa sair daqui! A não ser para os monastérios dos arredores claro.

No dia seguinte depois de termos cancelado o passeio da manhã porque queríamos dormir nosso guia nos ligou ás 9 da manhã pra falar do nosso vôo e malas que estavam em Kathmandu e que tínhamos cobrado uma definição no dia anterior,  com o terremoto eles não sabiam se iria ter vôo, não sabiam o que seria da nossa mala deixada no hotel de lá e a informação foi que ainda não tinham como saber! Claro que levou outra bronca nossa!

Bom, na hora do almoço tinha uma comitiva da agência local nos esperando na recepcão! Muitas desculpas, porque ainda por cima quando reclamamos a noite pro guia ele falou que essa era a segunda opção, era com total de 7:30h e tinham nos avisado quando escolhemos, que a primeira era a que que não tinhamos pego, que era de 5hs. Vocês podem imaginar a encrenca... Nós argumentamos que a primeira voltava de trem sem conhecer o monastério, a segunda era de 5hs e que a terceira era com volta de 7:30h!
E estávamos certos, ainda bem que tínhamos o papel escrito por eles com as 3 alternativas!

Enfim muitos pedidos de desculpas, presentinhos diversos, cobrança do custo do passeio mico e por fim muita discussão sobre o vôo do dia seguinte, pois queriam nos vender novos bilhetes para ir para Chengdu comm conexão pra Doha no lugar de Kathmandu/Doha que já tínhamos, porque o aeroporto de Kathmandu  estava recebendo só aviões de resgate e socorro…
Por fim falamos com nossa agência de SP que tinha emitido os bilhetes e conseguimos por aqui mudar os vôos sem custo nenhum.
Pra isso sairíamos no dia seguinte a tarde para Chengdu e no lugar do passeio ao monastério de Ganden que não fizemos hoje de manhã nos ofereceram fazer mais 3 templos em Lhassa um hoje e dois amanhã de manhã. Concordamos...



Enfim, chegamos no lago alpino praticamente a noite e deste ponto foram mais 3 horas de curvas numa estrada com buracos, não dava nem pra cochilar com os solavancos! Finalmente depois de 6:30 de viagem começamos a descer e passamos por uma pequena cidade. Pedimos por banheiro e a resposta foi, por aqui não tem! Bom precisou o Fernando mandar ele parar num pequeno bar e pedir para que usássemos o banheiro!

Daqui ainda faltava uma hora até Lhasa! Eu não tinha mais posição no carro e minhas costas com todos os trancos dos buracos estavam muito dolorida, fiz essa última hora sentada pra frente no banco... Foi difícil....
Chegamos muuuuito cansados e muito bravos, pois se nos tivessem avisado que seriam 7:30h pra voltar de carro como na proposta 3 nunca teríamos feito esse passeio. Cancelamos a saída da parte da manhã do dia seguinte que era do Monastério Ganden, que segundo nosso guia levaria 2hs pra chegar e explicamos que iriamos dormir até mais tarde pra descansar.

Já eram a meia noite e estávamos sem janta no hotel, até agora não tínhamos comido nada além do almoço bem fraco, caímos na cama mortos…
Aliás, na minha opinião, acho que visitando Lhasa vc tem tudo que vai encontrar em outras cidades do Tibet! Não precisa sair daqui! A não ser para os monastérios dos arredores claro.

No dia seguinte depois de termos cancelado o passeio da manhã porque queríamos dormir nosso guia nos ligou ás 9 da manhã pra falar do nosso vôo e malas que estavam em Kathmandu e que tínhamos cobrado uma definição no dia anterior,  com o terremoto eles não sabiam se iria ter vôo, não sabiam o que seria da nossa mala deixada no hotel de lá e a informação foi que ainda não tinham como saber! Claro que levou outra bronca nossa!

Bom, na hora do almoço tinha uma comitiva da agência local nos esperando na recepcão! Muitas desculpas, porque ainda por cima quando reclamamos a noite por guia ele falou que essa era a segunda opção, era com total de 7:30h e tinham nos avisado, que a primeira era a que que não tinhamos pego, que era de 5hs. Vocês podem imaginar a encrenca... Nós argumentamos que não, a segunda era de 5hs e que a primeira era voltar de trem ás 15:00hs sem a visita ao monastério, o que era ridículo, pois era a única coisa pra ver lá!
E estávamos certos, ainda bem que tínhamos o papel escrito por eles com as 3 alternativas!

Enfim muitos pedidos de desculpas, presentinhos diversos, preço e cobrança do custo do passeio mico e por fim muita discussão sobre o vôo do dia seguinte, pois queriam nos vender novos bilhetes para ir para Chengdu com conexão pra Doha no lugar de Kathmandu/Doha que já tínhamos porque o aeroporto de Kathmandu  estava recebendo só aviões de resgate e socorro…
Por fim falamos com nossa agência de SP que tinha emitido os bilhetes e conseguimos por aqui mudar os vôos sem custo nenhum.
Pra isso sairíamos no dia seguinte a tarde para Chengdu e no lugar do passeio ao monastério de Ganden que não fizemos hoje de manhã nos ofereceram fazer mais 3 templos em Lhassa um hoje e dois amanhã de manhã. Concordamos...

Vista de Shingatse

Almoçamos no hotel e saímos para o passeio num dos três maiores monastérios, O Drepung Monastery, ainda bem que esses 3 templos de hoje e amanhã fecharão a viagem ao Tibet com chave de ouro, mas isso eu vou mostrar no próximo post!
É claro que Shingatse é lindo também, mas o custo benefício pra ir ou voltar de carro não vale! Então se quiserem conhecer vão e voltem de trem e durmam uma noite lá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário