segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vinícolas do Chile!!!


Depois de passarmos 5 dias em Santiago e mais 5 dias no Atacama vamos fazer dois importantes vales produtores de vinhos do Chile.
Ao todo o Chile tem umas 15 regiões de vinhos, nós escolhemos os vales que tem as consideradas 15 melhores vinícolas pelos guias, o Vale Colchagua e o Casablanca/San Antonio, isso incluindo o Vale Maipo que fica perto de Santiago e que fizemos enquanto estávamos lá.





Chegamos do Atacama no aeroporto de Santiago e fomos pegar o carro da Avis que já estava pago de SP, bom não tinha o carro na categoria que tínhamos escolhido uma Toyota 4Runner e eles acabaram nos dando uma van enorme e com motor meio fraco, mas como tinham umas 3 pessoas reclamando no balcão resolvemos ficar com esse mesmo... 



No caminho passamos pela vinícola Santa Rita no Valle Del Maipo, nos arredores de Santiago, era a única vinícola das famosas desta região que não tínhamos visto antes de ir para o Atacama.
Almoçamos no restaurante Doña Paula instalado num casarão centenário e  considerado o melhor da região.  O restaurante realmente é ótimo e precisa de reserva! Tomamos o vinho Triple C o melhor desta vinícola! Excelente!
O museu Andino que pertence a vinícola e fica ao lado do restaurante é imperdível!!!



 Saímos para o Valle Colchagua rumo a Casa Silva, vinícola que íamos ficar.
A estrada é muito boa e com GPS fica muito fácil!


Esta vinícola é a mais antiga do vale sua casa é tipo fazenda e apesar de ter um restaurante muito bom o serviço deixa a desejar e sua localização em um dos lados do vale deixa os passeios a outras vinícolas mais cansativos.
Imaginem que as vinícolas ficam numa estrada que tem uns 70km e se vc está exatamente numa extremidade não é o ideal...
Portanto recomendo o Casa Lapostolle que é bem central e fica perto de Santa Cruz caso queiram jantar num restaurante diferente do hotel, já que o Lapostolle tem todas as refeições incluídas.
Fomos jantar no restaurante da Casa Silva que além de ser muito bom fica localizado no maio das vinhas no Clubhouse do Clube de Polo, foi excelente e pudemos comemorar o Aniversário do Rapha em alto estilo com o vinho Altura. 
Ah! Vale a pena experimentar a entranha de Wyju que eles fazem, é excelente!!!
Nós já tínhamos reservado com antecedência as vinícolas que iríamos conhecer, tanto o tour  quanto o almoço.


No dia seguinte começamos com a vinícola Lapostolle o almoço no restaurante no meio da vinícola foi excelente apesar do Rapha ter ficado com fome, os pratos nos Relais Châteaux são sempre muito bons mas para homens famintos as vezes não são suficientes... Isso não seria problema se a pessoa pudesse repetir algum prato, mas isso não é possível, portanto para os famintos, tomem um belo café da manhã! 



Tenho certeza que o charme do local e a qualidade e o sabor da comida compensam qualquer senão!
O vinho já estava incluído no almoço portanto compramos uma garrafa magnum de 3 litros do famosos Clos Apalta, considerado o melhor vinho do  mundo em 2008 pela Wine Spectator!
Ele veio na mala e a Dedé e o Ju fizeram um super almoço pra encararmos essa garrafa! Estava delicioso!!!



Voltando a vinícola, Michel Rolland o famoso enólogo assessora com exclusividade essa vinícula francesa dos mesmos donos  da empresa Sanser do licor Grand Manier. Eles primeiramente ficaram sócios em 92 para depois comprarem a totalidade desta viña de 450ha em 96.



O tour e a degustação foram bem interessantes!




De lá fomos para a Cidade de Santa Cruz que é bem pertinho!



Conhecemos o Museo Colchagua considerado o melhor do Chile, vale muito a pena, só a casa já é maravilhosa, imaginem com todas as diversas alas então.
O recomendado são 3 horas para ver tudo, mas como não tínhamos este tempo fizemos uma visita relâmpago!
As melhores alas são as primeiras com fósseis, paleontologia, arqueologia, arte Pré Colombiana e Inca, daí vem toda a história da colonização espanhola, interessante tb. Saindo para o pátio no primeiro andar tem a ala das Jóias dos Andes que é imperdível!
Além disso ainda tem a Sala de armas, Sala Darwin, carruagens e todo tipo de maquinaria de vinho e agrícolas antigas, ou seja tem de tudo pra todos os gostos e está muito bem montado e nem área que não é enorme ou seja dá para andar sem se cansar. Vale muito a pena!



Se tivéssemos hospedados mais perto teríamos jantado na cidade, mas como nossa vinícola ficava longe voltamos para jantar lá.
No dia seguinte fomos visitar as vinículas Santa Cruz e Viu Manent.


A Santa Cruz é uma viña boutique que produz 450.000 garrafas ao ano, e é a que fica mais longe do nosso hotel, na outra ponta da estrada I-50,  essa vinícola tem um teleférico que leva ao alto do monte onde eles fizeram uma demonstração das 3 culturas antigas do Chile, a mapuche, aymara e rapa nui. 
A região é muito bonita!


O tour e a degustação são interssantes, acabamos comprando o vinho ícone deles o Tupu que é um assemblage (Carménère, Syrah, Carbenet Sauvignon e Malbec).

Depois fomos almoçar no restaurante Rayuela da vinícola Viu Manent, tudo estava muito bom e foi regado ao vinho Viu 1!
Essa vinícola familiar começou com o casal em 1935 e é tocada pelos descendentes até hoje. Sua produção é de 300.000 garrafas por ano.
Fizemos o tour de charrete pelas viñas e pudemos experimentar as diversas fases do vinho dentro das barricas, passamos a degustação propriamente dita, mas depois da primeira feita antes do almoço e o vinho tomado no almoço, só os meninos mesmo pra encarar essa!



Voltamos para o hotel cansadíssimos! Independentemente desse fato jantamos e tomamos vinho, pode?
Nesse terceiro dia fomos as vinícolas Neyen e Montes.

A vinícola Neyen, que significa espírito na língua mapuche fica no final da estradinha do Lapostolle, e tem as viñas mais altigas da região de 1890 e suas raízes podem alcaçar 6 m de profundidade, por isso não precisam ser iriigadas por gotejamento como todas as outras e seu vinho, segundo eles, fica mais intenso!
Ela foi comprada da cooperativa antiga de vinhos por isso as viñas e a bodega com suas lindas madeiras de lei são tão antigas!



Depois fomos almoçar na vinícola Montes, essa vinícola uma das melhores do Chile adota os preceitos do Feng Shui na sua construção.


O restaurante tem uma área externa interessante de frente pras viñas mas a comida é tipo pronta e congelada, a lasanha de cordeiro estava mais ou menos... Tomamos o vinho que o próprio dono, enólogo fez o CGM, um assemblage que tem as sepas Carignan (dizem que será a próxima Carménère), Grenache e Mourvédre e foi surpreendentemente bom.




Fizemos o tour pela viña e no final compramos alguns CGM e o tão famoso Purple Angel, um varietal (vinho se uma só variedade de uva) Carménère muito bom! 
O vinho Syrah Montes Folly tb estava espetacular mas mais caro que o Purple Angel!



Voltamos para o hotel para comermos a última entranha de Wyju, maravilhosamente preparada pelo pessoal do restaurante!

No dia seguinte saímos cedo pegando a Rota de las Frutas (estrada 66) para o Valle Casa Blanca.

No caminho passamos pela outra Casa Museo Isla Negra de Pablo Neruda que fica perto de Cartagena no litoral.



Esta casa foi construída por um marinheiro espanhol e vendida a Pablo Picasso em 1938, conhecida como a cabana de pedra a construção foi crescendo com o passar dos anos bem lentamente já que na época todo material era trazido no lombo de burros até acomodar todas as coleções do poeta.
Foi aqui que ele escreveu parte importante da sua obra e viveu seu grande amor com Matilde Urritia sua terceira esposa.



Tanto a casa como sua famosas coleções de mascarones (figuras de proa), conchas, etc., nos mostram um pouco do seu estilo de vida.
É um passeio que vale a pena!


De lá fomos  par Val Paraíso e almoçamos muito bem no Restaurante Delicias Del Mar em Viñas Del Mar a melhor indicação do guia da Folha,  a entrada de frutos do mar, as almejas e machas estavam divinas!

Chegamos na vinícola Matetic a tardinha, e a surpresa foi ótima! Essa vinícola é bem bonita, Ficamos no hotel chamado La Casona que era a casa da família, o serviço e ótimo tudo funciona as mil maravilhas. A sala de jogos com mesa de sinuca e lareira é um charme!



O restaurante é bem interessante, escolhemos com antecedência o que queremos comer do cardápio e marcamos a hora, já que a única pessoa que serve é o James ( vulgo James Bom, isso mesmo bom!)
Vcs não sabem ele é o próprio Sr Carson da série Downton Abbey!!!!
Só que é super simpático e faz as refeições ficarem alegres!



No dia seguinte fizemos 3 vinícolas, ás 9hs os meninos foram fazer um tour a cavalo na nossa vinícola, nos encontramos ás 10:30 para o tour na área de produção e ouvimos as mesmas explicações de todas as vinícolas anteriores e fizemos a degustação.




De lá saímos para o tour na Viña Casa Del Bosque a sede é muito bonita, o tour foi fraquinho, mas a explicação da degustação foi boa, almoçamos no restaurante deles de nome Tanino, o local é muito agradável e a comida é boa. Compramos um vinho Syrah deles muito bom chamado Pequenas Produções.



De lá fomos visitar uma vinícola familiar chamada Casa Marin, onde o irmão da dona fez o tour conosco, foi na verdade uma conversa onde ele falou das dificuldades das vinícolas, as pragas, pássaros e além de tudo isso as geadas, juro fiquei com dó!


Não dá nem para imaginar o tanto de problemas que uma plantação de vinhas pode ter...



Apesar deles serem muito simpáticos os vinhos deixaram a desejar...
Voltamos ao hotel e na janta experimentamos o melhor vinho da nossa vinícola chamado Matetic, um vinho bom mas que não nos encantou tanto quanto o Sirah deles de segunda linha o Corarillo...
Foram muitos dias de degustações e vinho no almoço e janta!

Aí vai algumas das notas que vcs podem sentir numa degustação de vinho! Se ficar difícil nas primeiras tentativas não desanimem é uma educação do gosto e do olfato, então é só treinar!!!!!!!



Lembrando que os brancos normalmente são mais cítricos e podem ter tons mais de abacaxi, pessego, limão, maracujá, etc. Ah! E podem ser mais mineralizados ou levemente salgados se as viñas ficarem perto do mar!
Daí vem os tintos indo do Malbec ( mais suave) até o Cabernet  Sauvignon passando pelo Carménère, Syrah, etc.
Nesses os tons podem ser amadeirados, frutas vermelhas, tabaco, pimenta, couro, etc.
Ah! Lembrando tb que as barricas compradas normalmente da França, que produz as melhores, podem ter a queima interna com sabor tb! É! Tipo baunilha por exemplo!
São tantas variantes que dá pra se divertir muito, e se vc não estiver sentindo é sinal que vc está bebendo pouco!!!


No dia seguinte saímos cedo para Santiago, torcendo para que nenhuma garrafa quebrasse na nossa mala...
Os meninos tinham uma mala de vinho, mas nós não! No fim deu tudo certo, tudo chegou perfeitamente bem e apesar de terem parado os meninos por causa da mala de vinho quando viram que eram vinhos chilenos não quiseram nem que eles abrissem as malas!
Deve ser algum tipo de acordo de boas vizinhanças com o Chile que vale a pena aproveitar, lembrando que podemos trazer 8 garrafas na bagagem despachada e 3 na de mãos por pessoa!!!

Estou colocando abaixo um artigo que achei interessante sobre as mudanças nas regiões das viñas do Chile pra quem se interessar! Espero que vcs gostem da reportagem!!!


Por Marcel Miwa
Especial para o Estado, do Chile
O Chile está refazendo seu mapa vinícola. O amplo projeto, encabeçado pela associação Wines of Chile, está em curso, mas só deve ser finalizado em 2020. Os chilenos concluíram que a influência das cordilheiras e do Pacífico é determinante para seus vinhos. E subdividiram as zonas vinícolas de acordo com essas interferências geográficas. Isso significa que os já bem conhecidos vales, como Limarí, Maipo, Maule e Bío-Bío, estão sendo subdivididos, no sentido leste-oeste, em Andes, Entre Cordilheiras e Costa.
Nada mudou nas divisões de norte a sul, nas uvas permitidas ou na forma de produção. O que se quer é apenas fragmentar as zonas atuais em virtude das marcantes diferenças de terroir, pois existe um consenso entre enólogos e viticultores chilenos de que há tanta diferença de solo, clima e luminosidade de norte a sul quanto de leste a oeste. Com uma agravante: a diferença no eixo longitudinal ocorre ao longo de 1.300 km (área dedicada à viticultura), enquanto as mudanças no eixo horizontal ocorrem em uma faixa de apenas 200 km, dos Andes até a costa do Pacífico. Essa oscilação mais brusca agrupava vinhos com características muito distintas entre si em uma mesma denominação de origem.


Ilustração: Daniel Almeida/Estadão
No Maipo, por exemplo, a região Entre Cordilheiras produz vinhos com notas de frutas mais maduras, taninos mais austeros e, em alguns casos, notas herbais. No Maipo Andes, podem-se esperar taninos menos agressivos e textura untuosa – são vinhos aromáticos, com poucas notas herbais.
O caso mais emblemático das diferenças dos Andes até a Costa é a Syrah. No Aconcagua Costa sua colheita começa no meio de março; no setor Entre Cordilheiras, ela é feita ao longo de abril; e nos Andes, vai até o fim de maio. “No mesmo vale, com a mesma casta, conseguimos três expressões bastante diferentes”, diz o enólogo Pedro Contreras, da Viña Errázuriz.
O que isso tem a ver com você, consumidor brasileiro? Tudo: 42% dos vinhos consumidos por aqui vêm do Chile. Portanto, a ideia nesta edição é ajudá-lo a entender o novo mapa e que tipos de vinho esperar de cada região. Até incluímos algumas sugestões de rótulos que representam suas regiões e combinam qualidade e bom preço, mas o melhor serviço, neste caso, não é indicar vinhos. É oferecer as informações de que você precisa para escolher seus tintos e brancos.
Num cenário vinícola sujeito a tantas influências como o chileno, seria tão impreciso definir um estilo de vinho apenas dos Andes como pensar que os vinhos do Maipo se encaixariam em um único gabarito. Quando se cruzam as zonas norte-sul com leste-oeste, entretanto, se consegue um retrato mais preciso de como será o vinho. Não se pode esquecer, porém, que a região é apenas uma parte do tripé para conhecer a bebida antes da compra. O produtor e a variedade da uva são os outros dois critérios básicos para avaliar.


No litoral, predominam as castas brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling, e as variedades tintas de clima frio, como Pinot Noir e Syrah (costuma-se usar o termo Syrah para descrever a expressão francesa da casta em clima frio, e Shiraz para a tipicidade australiana, de clima quente). Os brancos são normalmente cítricos, minerais (em alguns casos, salinos) e frescos. Já os tintos têm taninos marcantes, porém em menor volume. São frescos, pouco concentrados e têm notas florais. Bom exemplo do estilo é o Casa Silva Cool Coast Sauvignon Blanc 2012, Colchagua (R$ 112, na Vinhos do Mundo). O vinho é praticamente transparente, com toques cítricos, textura levemente untuosa e boa acidez. Outro representativo é o Volcanes de Chile Tectonia Pinot Noir 2012 – Bío-Bío (R$ 109, na Zahil), que tem fruta elegante, mais ácida que doce, textura delicada, com ótimo frescor e toque salino.
Na zona Entre Cordilheiras, calor e luminosidade resultam em vinhos potentes, com taninos austeros e menor acidez – em muitos casos, algum tempo na garrafa pode equacionar taninos e concentração. Bom exemplo ali é o Casa Lapostolle Canto de Apalta 2011, Colchagua (R$ 100,98, Mistral), frutado potente e maduro, com toques de especiarias, taninos finos e bastante intensos e boa acidez. Outro rótulo interessante produzido na região é o Santa Carolina Reserva de la Familia Carmenère 2010, Rapel (R$ 84,64, Casa Flora). Em vez das notas herbais que costumam incomodar nos Carmenères, aparecem frutas vermelhas maduras. Longe de ser um blockbuster, é límpido, com bom equilíbrio entre taninos-acidez-concentração.
Os vinhos produzidos nos Andes são geralmente aromáticos, com expressão da fruta bem definida, taninos redondos e acidez equilibrada. Exemplo? Ribera del Lago Sauvignon Blanc Cenizas 2011, Maule (R$ 85, Magnum). Esse Sauvignon Blanc é típico de clima frio, com notas de grapefruit e limão-siciliano, ervas aromáticas frescas e toque mineral. Tem ótimo frescor. Outro rótulo representativo da zona é o Undurraga T.H. Cabernet Sauvignon, Alto Maipo 2011, Maipo (tem previsão de chegada ao Brasil em novembro, importado pela Inovini).

ACONCAGUA
O vale de Aconcagua, cerca de 65 km ao norte de Santiago, faz vinhos de alta qualidade – a diferença de relevo é bem marcante entre as três subdivisões de Costa, Entre Cordilheiras e Andes. O desenvolvimento do vale foi comandado por um produtor, no caso, a Viña Errázuriz. A zona dá bons tintos de Cabernet Sauvignon e Syrah no centro e nos Andes. E bons Pinots e Sauvignons Blanc na Costa.
Costa. Com vinhedos bem perto da costa (entre 7-12 km do mar), como Zapallar e Concon, a névoa invade as encostas pela manhã, controlando o calor e a luminosidade. Com isso somado aos ventos do Pacífico, que mantêm as temperaturas baixas, criam-se excelentes condições para Sauvignon Blanc e Pinot Noir. As notas de limão, certa salinidade e boa estrutura caracterizam o Sauvignon Blanc ali, enquanto notas florais e de frutas ácidas e minerais tipificam a Pinot Noir dessa zona.
Entre Cordilheiras. O clima local favorece o amadurecimento da Cabernet Sauvignon, evitando notas herbáceas típicas da uva colhida antes da hora e deixando a variedade manifestar suas notas de frutas vermelhas maduras. Petit Verdot e Syrah, também amadurecem bem ali, especialmente a Syrah que mostra sua faceta mais frutada, com traços de pimenta-do-reino e taninos aveludados.
Andes. Além do clima mais frio, o solo pobre em nutrientes , prolonga o ciclo de maturação da uva. A grande beneficiada é a Syrah, que mostra personalidade delicada, floral, cheia de especiarias e frutas frescas. Os taninos são discretos e há ótimo frescor. Experimentos vêm sendo conduzidos com as variedades Tempranillo e Grenache.
MAIPO
Bem próxima da capital, Santiago, essa é a região vinícola mais popular do país. Atualmente, suas zonas mais interessantes estão aos pés da Cordilheira dos Andes e nos terraços ao longo do Rio Maipo, onde as condições favorecem a Cabernet Sauvignon (recentemente descobriram ali também grande potencial para a Petit Verdot). Houve um tempo em que os vinhos da região eram excessivamente herbáceos. Mas eles melhoraram. Hoje são frutados e terrosos com discreto toque abaunilhado (mas em anos mais frios pode aparecer um mentolado…). Há pouco mais de 12 mil hectares de vinhedos, mais da metade com Cabernet Sauvignon e participações menores de Syrah, Chardonnay e Merlot.
Entre Cordilheiras. A Cabernet Sauvignon ali é mais potente e alcoólica. Em direção à Cordilheira da Costa, Malbec, Syrah e Merlot oferecem bons resultados.
Andes. As zonas de Pirque e Puente Alto são conhecidas como a “Pauillac” do Chile. A grande amplitude térmica, pouca umidade e solos ricos em cascalho, com um pouco de argila e areia, criam condições ótimas para desenvolvimento da Cabernet Sauvignon e mais recentemente da Petit Verdot e da Cabernet Franc. Desta região saem muitos dos grandes vinhos chilenos como Don Melchor, Santa Rita Casa Real, Almaviva e Viñedo Chadwick.
ITATA
No sul do país, esse vale está sendo redescoberto – a região, que nos anos 1950 somava a maior superfície de vinhedos no Chile, ainda tem muitas vinhas velhas.
Costa. Zona de brancos frescos (e aromáticos, no caso da Moscatel), tem mostrado potencial para produzir vinho-base para espumantes e tintos elegantes das castas País e Cinsault.
Entre Cordilheiras. Ainda se encontram vinhas velhas de País, Cabernet Sauvignon, Carignan e Moscatel. Mas a área está sendo replantada com vinhedos de Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling, entre as brancas, Syrah e Pinot Noir, entre as tintas.
CASABLANCA
Costa. Esse foi o precursor dos chamados vales de clima frio do Chile: umidade alta e ventos frios do Pacífico penetram o vale, trazendo névoas com alguma frequência. Os brancos exuberantes de Sauvignon Blanc e Chardonnay, com notas de frutas tropicais seguindo o modelo neozelandês, começam a ceder espaço para uvas colhidas mais cedo, que dão vinhos mais cítricos e frescos. Quase metade dos vinhedos ali é de Chardonnay. Sauvignon Blanc e Pinot Noir também se destacam.
SAN ANTONIO
Costa. Tem condições mais radicais que a vizinha Casablanca, com relevo mais acidentado e vinhedos mais perto do mar – alguns a apenas 4 km. A influência dos ventos do mar é considerável e pode dar notas marinhas aos vinhos, além de manter as temperaturas baixas mesmo no verão. O solo de rocha granítica decomposta dá mineralidade a brancos e tintos, além de taninos mais agressivos aos tintos. Quase metade dos vinhedos catalogados é de Sauvignon Blanc. Chardonnay e Pinot Noir são também importantes.
COLCHAGUA
Colchagua é uma das regiões mais versáteis do país. A variedade de excelência ali é a Syrah. A Cabernet Sauvignon (mais plantada) e a Carmenère também são expressivas nas diferentes denominações.
Costa. Os vinhedos nas escarpas da Cordilheira da Costa têm a temperatura controlada pelo Pacífico, menor luminosidade e maior ventilação. O solo ali favorece a complexidade e a mineralidade, especialmente no Sauvignon Blanc.
Entre Cordilheiras. Zona plana e central do vale, de solo mais fértil e temperatura mais elevada. Produz vinhos potentes, maduros, de variedades que pedem calor para amadurecer de maneira adequada, como a Carmenère. Em geral são tintos intensos, com menor acidez e grande concentração.
Andes. É a queridinha da vez em Colchagua, onde fica a sub-região de Apalta, sinônimo de Syrah cheio, mas elegante, com especiarias, frutas negras e violetas. Variedades como Grenache e Mourvèdre estão sendo testadas na região.
BÍO-BÍO
Entre Cordilheiras. Cerca de 500 km ao sul de Santiago, o vale vai apresentando condições limítrofes para a produção vinícola conforme se aproxima da Patagônia, com temperaturas baixas e ventos constantes, que retardam o amadurecimento das uvas, mas dão ótimos resultados em variedades de clima frio, como a Pinot Noir, Sauvignon Blanc e Riesling. É uma área promissora.
ELQUI
Luz e vento frio caracterizam o Vale de Elqui. Perto do Deserto de Atacama, a zona não tem a subdivisão Entre Cordilheiras. A luminosidade é intensa e os ventos frios – dos Andes e da Costa – circulam facilmente. Nos vinhos, a nota de argila é a marca dessa região. Apesar de ter vinhedos há séculos, com predominância de Syrah e Sauvignon Blanc, o foco nesse vale sempre foi a produção de pisco.
Costa. Os vinhedos estão plantados em solos com argila, areia e quartzo, o que favorece o amadurecimento. O clima mais frio agrada às brancas Sauvignon Blanc e Chardonnay e à tinta Pinot Noir. Dá vinhos pouco alcoólicos, mais frutados e algo salinos.
Andes. O solo de cascalho e a amplitude térmica, maior do que na costa, favorecem Cabernet Sauvignon, Carmenère e Syrah. Mas é a última que se expressa de forma mais singular e com maior eloquência, com taninos muito finos, notas de violeta, frutas negras e algo terroso.
LIMARÍ
Dois fatores influenciam a produção desse vale: o solo calcário e uma pequena formação rochosa na costa, de norte à sul, chamada Altos de Talinay. As uvas mais plantadas são Chardonnay, Syrah, Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc.
Costa. Em Altos de Talinay, zona de solo calcário e névoas matinais, se fazem vinhos minerais e com muita sapidez (intensidade de sabor). Têm ótimo equilíbrio entre álcool, taninos e acidez e notas frutadas frescas, com destaque para Sauvignon Blanc, Chardonnay e Pinot Noir.
Entre Cordilheiras. Com vinhedos mais baixos, solo arenoso e clima mais quente, a região dá tintos mais potentes, sustentados por taninos finos e mineralidade. Além da Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Syrah se destacam.
Andes. Zona ainda pouco explorada para vinhedos, é vastamente dedicada à extração de cobre. Aguardemos.
CURICÓ
Esse é o vale dos vinhos brancos, que abriga o maior vinhedo de Sauvignon Blanc do Chile e o segundo maior de Chardonnay (só perde para Casablanca). Foi o espanhol Miguel Torres que, nos anos 1980, apostou que esse vale úmido poderia originar vinhos elegantes. A Sauvignon Blanc ali tem destaque, com estilo frutado cítrico e herbal. Entre as tintas, predominam Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère.
Costa. Solo granítico e clima frio reforçam a vocação para os brancos, com Sauvignons Blanc frutados e de álcool moderado. Entre os tintos, Pinots Noir bem frescos.
Entre Cordilheiras. Desse vale é a região com maior vocação para tintos. A maior insolação permite bom amadurecimento da Merlot e expressão elegante da Cabernet Sauvignon. A sub-região de Lontué é uma boa referência.
Andes. Solo vulcânico e clima frio fazem com que as atenções estejam concentradas nas variedades brancas, como Sauvignon Blanc, Chardonnay, Gewürztraminer e Riesling.
CACHAPOAL
A 85 km ao sul de Santiago, é uma região de menor destaque que Colchagua. Recebe ventos do oceano vindos pela Cordilheira da Costa. Tem ótimas zonas de Carmenère e de Cabernet Sauvignon. Entre as brancas, Chardonnay e Sauvignon Blanc encontram condições privilegiadas.
Entre Cordilheiras. É lugar dos mais reconhecidos Carmenères do Chile, especialmente em Peumo, sub-região próxima à Cordilheira da Costa. Os ventos da costa permitem o amadurecimento lento que essa variedade pede, sem a ocorrência de chuvas, e os solos ricos em argila suportam o vigor natural da planta.
Andes. O clima frio e seco com boa luminosidade produz Cabernets refinados, com taninos finos, bom frescor e (potencialmente) sem sobrematuração. Da mesma forma que em Bordeaux a Sauvignon Blanc também se destaca entre as variedades brancas.
MAULE
Maule tem sido cultuado pela “redescoberta” de suas vinhas velhas na região de Cauquenes. Lá, Carignan, País e Cinsault centenárias, cultivadas sem irrigação, dão o caráter da região: vinhos de “calor” – potentes, mas com deliciosa acidez e taninos marcantes e agradável rusticidade.
Costa. Variedades de clima frio, como Merlot e Pinot Noir e castas brancas se expressam melhor e com maior delicadeza.
Entre Cordilheiras. Vinhas antigas com raízes profundas se beneficiam do clima mediterrâneo extremo e conseguem produzir uvas na mesma sintonia – com intensidade de concentração, cor, taninos e acidez.
Andes. O solo vulcânico e os ventos dos Andes criam condições interessantes para brancos e tintos. Com calor moderado e ciclo das videiras prolongado, tintos com Cabernet Sauvignon e Merlot chegam em ponto ótimo de maturação, com taninos e acidez suficientes para evoluir por alguns anos. E os brancos, com Chardonnay e Sauvignon Blanc, mantêm frutado elegante, exibindo mineralidade e frescor.
MALLECO
Entre Cordilheiras. No vale mais austral do país, as condições são extremas, com muita umidade e frio intenso. Variedades que amadurecem rápido se saem melhor. Ainda assim, granizo e geada ameaçam a safra. Nas zonas mais quentes, com face norte, há ótima luminosidade, que faz aparecer a tipicidade da região: vinhos frutados ou florais, delicados, muito frescos e aromáticos. Felipe de Solminihac, da Viña Aquitania (Maipo) foi o grande empreendedor da região.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Atacama - Chile



Chegamos em Calama e o nosso guia do hotel Awasi já estava nos esperendo.
É a segunda vez que vamos para o Atacama e ficamos no hotel Awasi que agora tb é da rede Relais Châteaux. Tanto na primeira vez quanto agora tudo correu as mil maravilhas, o hotel continua charmoso e o atendimento impecável.




Com certeza ele é o hotel mais caro de Atacama, mas temos que contar que cada um dos 8 quartos tem um guia e um motorista particular, tudo está incluído, os passeios as refeições (lembrando que é o melhor restaurante do local) e até as bebidas alcoólicas. Ah! Os quartos do outra lado da rua onde fica a recepção são muito mais simples, não sei se são bons...




O Awasi foi construído no estilo atacamenho do local o que é muito charmoso, outra vantagem é que ele está a um quarteirão do centro o que nos dá liberdade para ir a pé a noite, e outro ponto positivo é que é silencioso!

Nosso guia Pierre nos acompanhou por todos os dias, com certeza foi um dos melhores guias que pegamos.



Como chegamos no hotel lá pelas 3 da tarde (o vôo Santiago Calama leva 2h e pouco e depois tem o trajeto Calama - San Pedro que leva mais 1h de carro) almoçamos e depois ás 5hs saímos para andar pelas Grutas de Sal e ver o por do sol no Valle da la Luna.



Primeiro vou explicar um pouquinhos dos passeios do Atacama.
Temos muitos passeios no Atacama, o que a princípio pode deixar os turistas perdidos... A menos que vc fique uns 12 dias, o que é raro, vc nunca vai ver todos os lugares, portanto o melhor é escolher os melhores de cada paisagem diferente.

O Salar do Atacama bem como a Cordilheira do Sal ficam entre os Andes e a Cordilheira Domeyko.



Então aconselho as pessoas fazerem pelo menos 2 passeios no Salar de Atacama, um na Laguna Chaxa para ver o por do sol e outro nas Lagunas Cejar e de Pedra pra quem quer ter a experiência de se banhar e boiar!
Um na Cordilheira do Sal para ver o Vale da Lua com direito a trilha e por do sol!

Dois na Cordilheira Domeyko um para ver o Vale da Morte com direito a por do sol e outro no pré altiplano da Cordilheira Domeyko para ver os petroglifos em Yerbas Buenas e o Vale do Arco-Íris

Lembrando que San Pedro de Atacama fica a 2.435m de altitude, o pré altiplano começa a partir de 3.000m e o altiplano propriamente dito começa acima de 4.000m!



E dois passeios de dia inteiro no altiplano da Cordilheira dos Andes, um para o Salar de Tara que compões várias lagoas, formações rochosas diversas e almoço com direito a centenas de flamingos no salar de Tara!


 E o outro é fazer o Gêiser.




Apesar de ser considerado um passeio de dia inteiro como a idéia é vc ver o nascer do sol no Gêiser, dá para fazer as picinas termais de Puritama na volta e escolher ainda um passeio para a tarde, de preferência um que não se ande muito, como a Laguna Chaxa ou o da Cordilheira Domeyko.

Outra coisa importante é a data para essa viagem, nossa primeira viagem de 8 dias foi no carnaval, mas em 2007 quase não choveu, então tivemos a sorte de, apesar de estarmos no inverno “boliviano”, não tivemos problema de chuvas e ao mesmo tempo estava calor e as lagoas estavam com a temperatura da água excelente. Ah! Outra coisa importantíssima não teve vento!!!
Há um consenso dos nativos mais velhos que 12 anos são de chuvas fortes e 12 anos são de seca mesmo na época de chuva ou inverno “boliviano”, fazem 2 anos, 2012 e 21013 que choveu muito em fevereiro e as trilhas ficaram todas fechadas, inclusive as estradas tiveram muitos desmoronamentos...
Em setembro é um mês tipicamente ventoso, e tivemos alguns dias de vento muito forte o que atrapalhou alguns passeios...
Portanto a época ideal é março que ainda está quente mas a cidade está mais vazia de chilenos porque as aulas já começaram e meados de outubro a dezembro.

Bom depois de todas essas dicas vou falar o que nós fizemos em 5 dias!

Ah!  O passeio no dia que chegamos para ver o por do sol na duna do vale da lua foi quase um  vendaval!
A parte das cavernas de sal foi tranquila, olhem só esses túnel feito pela água e a parte branca é sal!



Depois para subir a duna para ver o por do sol propriamente dito ventava tanto que nem óculos resolvia para que não ficássemos com areia nos olhos, orelhas, cabelos, enfim, estava difícil até para respirar...
Mesmo assim foi lindo!



Mais uma dica: nos 2 primeiros dias pelo menos, não fazer o altiplano porque assim o corpo vai se acostumando aos poucos com a altitude!

No dia seguinte fizemos a trilha Guatin – Puritama (rio quente) que levou 2hs.


Durante a trilha aprendemos os nomes de várias ervas, tipo rica-rica (no hotel tinha um pisco souer com rica-rica divino), pingo pingo, mas o que eu achei mais graça foi a cadeira de sogra, vejam só!





Terminamos a trilha nas piscinas termais de Puritama, uma delícia!




Esses tipo de passeio dá para fazer pelo Awasi porque o guia foi conosco andando enquanto o motorista levou nossas coisas no carro direto para as piscinas naturais, então quando chegamos lá já tínhamos além das nossas coisas, toalhas, roupões e uma geladeira com frutas, bebidas, etc. Mordomia das boas!!!

Voltamos ao hotel para almoçar e desansar, as 5hs saímos para ver o por do sol no salar do Atacama na Laguna Chaxa!



Essa lagoa faz parte da reserva nacional dos flamingos Soncor, foram tantas fotos de flamingos que fiz essa colagem pra vcs terem uma idéia!



Imaginem esse por do sol com direito a um vinhozinho e quijinhos levados pelo guia!




No segundo dia os meninos foram de bike até a Laguna de Pedra (tínhamos feito esse passeio de bike quando fomos da primeira vez e aconselhamos eles a irem, pois além de plano são só 20kl).



Ficamos um tempo tomando sol na lagoa e os meninos até se animaram pra entrar na água gelada (6 graus!) para ter a experiência de boiar nessa água tão salgada!





Infelizmente há 3 anos o pessoal proibiu o banho na Laguna Cejar (de águas turquesas) que fica ao lado da Laguna de Pedra por causa dos novos ninhos de flamingos...
Pena foi uma das coisas que nós gostamos mais na nossa primeira viagem, tb a água estava bem mais quente em fevereiro!



Voltamos para almoçar no hotel e ás 5hs saímos para visitar o Valle de la Luna na parte oeste do Salar do Atacama, o Vale da Morte e tb passamos pelo Vale do Catarpe para ver o túnel construído em 1930 para passagem da carne que vinha da Argentina para as minas, e depois fomos ver o por do Sol no Vale da Morte novamente com mordomia! Vinho, queijos, passas, nozes e chocolate, é praticamente um regime de engorda!



No terceiro dia fizemos o passeio para o Salar de Tara, é um passeio de dia inteiro onde subimos ao altiplano da Cordilheira dos Andes.
Começamos passando ao lado dos Vulcões Licancabur e o Vulcãi Pili o mais alto da região!
Vcs sabiam que o Chile tem 10% dos vulcões do mundo?
É!!! São 1.500 só no Chile!!!
E desses 150 estão nessa área, mas só 16 estão visíveis do salar do Atacama! 
E desses 3 estão em atividade! É tipo viver perigosamente!



Bom passamos por esses maravilhosos vulcões, passamos por Bofedal de Quepiaco e paramos na Laguna Diamante  para tirar fotos de dois Añañucas ou Taguas que brigavam por uma fêmea com direito a plateia de gaivotas andinas!




Depois passamos pela Caldera La Pacana e paramos em outro Salar Aguas Calientes.




Depois paramos em diversas formações rochosas, a mais famosa é a do monge, totem ou xamã!




De lá saímos por um verdadeiro "rally" na montanha até chegar nas formações chamadas As Catedrais



Depois vieram os Monges Blancos!



E finalmente chegamos ao imenso Salar de Tara.



Esse salar fica numa altitude de 3.422m e é repleto de flamingos! Isso mesmo esses minúsculos pontinhos brancos na água azul!

Almoçamos neste lugar maravilhoso, mas com um pouco de vento...



Na volta é interessante ver o carro ficar quase sem potência pela altitude, e nós algumas vezes com um pouco de falta de ar, mas nada desesperador.
Na volta passamos pelo Salar de Pujsa tb muito interessante, mas ventava tanto que não tiramos foto!
Além de tudo isso ainda tem os animais típicos do altiplano, vicunhas, alpacas e algumas lhamas!



Esse é um dos passeios mais bonitos do Atacama, portanto imperdível!

Neste dia a noite resolvemos fazer o tour astronômico no observatório Space, já tínhamos feito da outra vez que viemos com o francês, na época adoramos e eu estava louca para que meu filho tivesse a mesma emoção. Mas pedindo no Awasi eles nos convenceram que existia uma outra pessoa que fazia o tour pra eles e que era privado e excelente, depois de discutirmos eles acabaram nos convencendo... Pena apesar do rapaz ter boa vontade o único telescópio dele não é tão bom quanto os 5 ou 6 do francês, que além de tudo tem um humor maravilhoso!

Portanto não abram mão de ver esse céu maravilhoso a noite num dos horários (às 11 ou 12) com o francês!!! Ah! Reservem logo no primeiro dia pois as vagas são limitadas e cada tour é numa língua diferênte, então não arrisquem deixar para última hora, nem caiam na conversa que outros são iguais! Tb estejam bem agasalhados (com gorro e luvas), pois o deserto é gelado a noite!


No quarto dia os meninos foram cedo para ver o nascer do sol no Gêiser, eles adoraram e como nós já tínhamos feito esse passeio nos encontramos para um último banho nas piscinas naturais de Puritama!



Desta vez descobrimos que se vc ficar na piscina que está bem na frente do vestiário mais alto, além dela ser mais quente, pois a água vai esfriando de 2 a 3 graus cada vez que cai pelas diversas piscinas, ela é mais vazia, pois como não tem uma cachoeira aparente ninguém dá muita bola pra ela, mas o segredo é que vc entrando nela e andando para esquerda tem como se fosse um rio por onde ela chega, e se vc vai andando nele tem uma cachoeira lá na frente, bem isolada e muito linda!

Na volta meu filho resolveu que queria experimentar carne de lhama e lá fomos nós atras de algum restaurante que tivesse para almoçarmos, acabaram nos indicando o Ayllu, bem simples e atrás do hotel.



Bom a carne em si estava saborosa mas cheia de nervos gordura e osso... Tb experimentamos a carne de alpaca que deveria ser mais macia e portanto mais cara, mas estava mais dura que a de lhama... O que estava excelente foi o risotto de quinua e a cerveja feita em São Pedro, bom tb custou 20 reais!
A tarde acabamos descobrindo uma outra indicação de um restaurante chamado Baltinache onde os donos, um casal ele atacamenho e sua esposa mapuche fazem uma comida de fusão indígena onde teria tb guanaco... Bom esse vai ficar pra próxima!

Voltamos ao hotel e fizemos massagem, foi tão boa que se tivéssemos descoberto antes tínhamos feito todos os dias! As meninas, duas irmãs, são excelentes!

Às 5hs saímos para a Cordilheira de Domeyko para o tour de Yerbas Buenas fomos ver os petroglifos de influencia tiananacu ou licanantai que estão muito bem preservados.



De lá passamos pelo Valle Arcoiris para ver as diferentes tonalidades de cada montanha por suas rochas  impregnadas com óxido de ferro, óxido de cobre, enxofre, enfim uma beleza de tons sobrepostos que nenhuma foto faz jus!



A noite jantamos no hotel, comemoramos o aniversário do Rapha em alto estilo atacamenho, com pisco de rica rica e vinho!


Por tudo que vcs viram o Atacama sempre deixa saudades!!!



Ah! Aqui vão as dicas do nosso guia pra hotéis mais baratos em várias categorias, vale a pena conferir!!!

Kunza
Casa Atacama
Casa Don Tomas
Hosteria San Pedro

No dia seguinte saímos cedo para Calama, nosso vôo saiu às 10:30 com destino a Santiago, no aeroporto alugamos um carro e fomos para o Vale de Colchagua, continuando nossa viagem fazendo um tour pelas vinhas!