terça-feira, 1 de outubro de 2013

Santiago - Chile


Nessa nossa viagem ficaremos 5 dias em Santiago depois iremos para o deserto do Atacama, na volta faremos as rotas do vinho nas regiões do Vale do Colchagua e Vale de Casablanca no Vale Central.

Saímos de São Paulo num vôo das 8:30 e chegamos para o almoço em Santiago, na viagem o tempo estava literalmente lindo com um “Céu de brigadeiro” ou seja, sem uma nuvem!
As cordilheiras puderam ser vistas na sua total magnitude, coisa que nenhuma foto faz jus!



Já estive várias vezes em Santiago e acho a cidade muito gostosa para se ficar! É charmosa, plana, cheia de parques lindos que nesta época do ano estavam floridíssimos, limpa, segura, em fim, tudo de bom.
Dá até um invejinha.....
Chegamos no hotel W que se pronuncia Doble "BV", nada de falar para o motorista de taxi dáblio que eles ficam te olhando com cara de “o que é que esse cara está falando!
O hotel é moderno e simpático, a localização é excelente!



No consierge nos indicaram uma restaurante perto do hotel para almoçarmos chamado Tierra Noble, que sinceramente não recomendo...
Achei a parte externa do lugar feia com seus plásticos e cortinas vermelhas de veludo, além disso o garçom errou um dos pedidos e pra falar da comida em si, dos pratos que pedimos, 2 estavam ótimos a entrada de ouriço e a entranha de Angus (um dos cortes de carne mais saborosas que já provei).  A centolla estava OK, mas muito temperada o que mascarava seu gosto e o resto deixou muito a desejar... Ou seja metade da turma saiu infeliz...
Portanto apesar de bem cotado, não aconselho...



A tarde andamos pela Av Providencia até o parque das esculturas que é interessante,  mas as esculturas mais bonitas estão mesmo nas praças, entradas do metrô e ruas perto do hotel.
A noite jantamos no Restaurante Osaka no próprio hotel, pra quem não conhece vale a pena experimentar. A comida uma mescla de peruana com toque japonês é muito boa!



No dia seguinte fomos visitar a Vinícola Concha y Toro, fundada em 1883, é a maior e mais turística de todas. Ela fica a uns 50minutos de Santiago no vale Del Maipo, essa região tem várias vinícolas chamadas vinícolas de Pirque (nome da região).



Na Concha y Toro eles tem 3 tipos de degustação, com 3 categorias de vinhos diferentes, mas justamente neste dia só estava disponível 2 delas, então escolhemos a segunda...
A visita é bem curta passando pelo jardim da casa antiga do SecXIX  depois uma parada rápida para fotos nas vinhas e começamos com uma degustação de um vinho branco na entrada da área de armazenamento. A área de produção mesmo não vimos...



Na adega vimos um filme com a lenda do surgimento do nome Casillero Del Diablo que hoje da nome a um dos vinhos e na época serviu para que o dono não fosse mais roubado quando o “diabo” resolveu passar as noites afugentando os ladrões, bem providencial esse diabo, sería bom se a moda pegasse em SP, não precisaríamos gastar tanto com segurança...
Bom depois disto fizemos uma degustação com queijos e vinhos com um somelier muito simpático.
As degustações seguem sempre a seguinte lógica, vai dos vinhos brancos mais suaves depois os tintos tb dos mais suaves até os mais encorpados.
Aqui no Chile eles são normalmente feitos com Sauvignon Blanc, Merlot, (com Shiraz em alguns blends) Carmenere e Carbenet Sauvignon.
Isso pode mudar um pouco de vinícola pra vinícola dependendo dos blends feito por cada uma das vinícolas, mas todas são mais ou menos iguais...
É bem básico mas interessante.



Almoçamos no restaurante da vinícola que é bom e aproveitamos para tomar o melhor vinho produzido por eles, um Don Melchor, no caso uma safra de 2002, com certeza um excelente vinho!
Tb compramos 1 Alma Viva e 2 Epu que são da parceria da Concha y Toro com a família Rothschild, para tomarmos no Atacama, porque sinceramente no caso desses vinhos melhores que são exportados para o Brasil o preço aqui é somente 10% mais barato!
Portanto para os amantes e compradores de vinho a melhor coisa é comprar vinhos bons de vinícolas menores que não são exportados para o Brasil e portanto tem um preço melhor sendo comercializado para pequenos clientes nas próprias vinícolas...



A noite jantamos no Astrid y Gaston, restaurante muito indicado e premiado em Lima como o melhor da America do Sul, sinceramente achamos os pratos bem ao estilo antigo, com bastante molho e nada de especial, e olha que estávamos em 4 pessoas e a opinião foi unânime!
O ambiente tb decepciona...



No terceiro dia saímos para andar do nosso hotel até o Bairro Vitacura considerada nossa Oscar Freire, o passeio foi gostoso, tentamos visitar o Museu da Moda que fica numa travessa da Av Vitacura, numa casa linda, mas só vai ser inaugurado em dezembro, pena...
De lá pegamos um taxi até o Museu de Bellas Artes, considerado o mais antigo da América do Sul, acabou de ser reformado e estava só com 2 alas abertas e poucas obras expostas, mas este palácio  erguido em 1910  em comemoração ao centenário da independência vale por si só!
A Arquitetura foi inspirada no Petit Palais e sua abóboda de vidro que foi fabricada na Bélgica encanta qualquer um!





Depois saímos andando pelo parque florestal em frente ao museu, cruzamos o rio Mapocho seguindo pela rua das universidades  para o bairro Bellavista, andamos até a casa de Pablo Neruda, mas tivemos que marcar hora pra visita, então marcamos para 3:45 e saímos pra almoçar.
Nos indicaram o restaurante Como Água para Chocolate, o restaurante em si é simples, mas simpático! O ideal é sentar dentro que é mais charmoso. A salada de Centolla com abacate e quinua é excelente. O raviolli de cetolla e o peixe estavam muito bons tb!



Ou seja restaurante aprovado por todos para o almoço!!!
Saímos correndo para a visita marcada...





A Casa Museo La Chascona foi construída a partir de 1953 por Pablo Neruda para sua amante e depois terceira esposa, Matilde. Esse nome La Chascona que significa A Descabelada em homenagem a sua então amante na época é, no mínimo, engraçado! Na casa tem um quadro dela pintado por Diego Rivera bem interessante e nas fotos antigas ela parecia bem bonita...



Eles foram amantes por 15 anos e depois se casaram, na verdade eles viviam mais na casa de praia chamada Islã Negra, mas em Santiago este era seu lugar favorito. 

Ele fez diversas modificações no local e apesar de bem pequenas essas 3 casas e seus jardins formam um lugar romântico e acolhedor, não dá nem pra imaginar o quão agradável devia ser antes da sua morte quando um curso d’água passava por varias partes do jardim!




Depois de sua morte Matilde ficou no local até morrer e como eles não tinham herdeiros ela transformou tudo numa fundação museu, ainda bem porque é um passeio delicioso e surpreendente!

De lá saímos a pé para subir no Cerro San Cristóbal no funicular construído em 1925!




A vista lá de cima é linda e tb pudemos ver se perto a Vigem da Imaculada Conceição de Santiago doada pela França em 1904!







No local tb tem uma capela muito bonitinha!
O passeio do dia foi praticamente feito todo a pé e no geral foi muito bom!!!

A noite fomos ao Restaurante Boragó, com certeza umas das melhores degustações que eu já fiz!!!




A foto é só pra vcs terem idéia e ficarem com água na boca!
Mas essa degustação com certeza merece uma postagem a parte!


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