domingo, 9 de novembro de 2008

Thimphu - Butão





Como contei na postagem anterior optamos por vir direto do aeroporto para Thimphu (54km, feitos em 1 hora e meia), que é a capital política e econômica do Butão com 79.000 habitantes.
Ficamos 2 dias inteiros aqui e no terceiro fomos para Punaka. Como estávamos no outono o tempo estava como em Campos do Jordão no nosso inverno, a cidade fica a 2.248m de altitude e o local é super agradável.






Desde 1998 a região tem um Plano diretor de desenvolvimento urbano com o objetivo de proteger o precioso eco sistema do vale do rio Thimphu Chuu. Para isso eles tem a assistência econômica do Banco Mundial e do Banco do Desenvolvimento Asiático.



A preocupação com o planejamento da cidade vem desde a coroação do antigo rei em 1974, quando houve a primeira aparição do Butão para o mundo. Na época o rei queria fazer a "cidade do sonho". Este plano, entre outras coisas, limita a altura das construções e obriga a se manter o antigo estilo arquitetônico cultural Bhutanes, que segue o estilo dos monastérios e Dzongs, o que deixa a cidade um charme!

A cidade começou com casas sendo construídas ao redor da Dzong principal (o palácio fortaleza do séc. XV) e a partir de 1962 houve uma mescla do estilo tradicional com o "moderno" que ficou bem interessante, pois facilita muito a construção com materiais novos sem perder o estilo. O interessante é que a cor do telhado diz se a construção é para habitações civis, comércio ou coisas do governo.



A construção mais antiga é a Simtokha Dzong construída em 1629, é uma pequena Dzong e foi reformada muitas vezes por causa de incêndios e terremotos. Os incêndios são muito temidos no Butão, pois em todos os monastérios eles acendem, até hoje, inúmeras velas o que acaba provocando os indesejados incêndios.
Atualmente há uma proibição de se deixar as velas acesas dia e noite como antigamente, mas nos vilarejos ainda vemos isto.

Foi nesta Dzong que houveram os primeiros escritos Dzongkha que até hoje são ensinados ali.



A principal e maior Dzong de Thimphu é a Tashichho Dzong que significa "Fortaleza da Religião Gloriosa" que também passou por diversas restaurações, em 1641 o Lama Phajo adquiriu a Dzong e seu uso passou a ser dividido entre religioso e uma área foi usada como sala do trono, aposentos para quando o rei estiver ali e uma área administrativa cívica.
Com o tempo a maioria das Dzongs foram se tornando de uso administrativo-religioso.
Hoje os prédios dos ministérios, a Assembléia Nacional e o secretariado foram transferidos para os prédios novos.

Visitamos a cidade e fomos convidados a parar num "fábrica" artesanal de incenso. Essa família faz o mesmo incenso há anos! E todos os templos usam este mesmo incenso, muito interessante!



A tardinha o hotel Amankora nos proporcionou um show com as danças locais ao livre, muito bonito!

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